(Reuters) - A Ucrânia garantiu a libertação de 49 pessoas do cativeiro russo na mais recente troca de prisioneiros com Moscou, disse o presidente Volodymyr Zelenskiy na sexta-feira.
A última troca desde a invasão da Rússia em 2022 foi mediada pelos Emirados Árabes Unidos, afirmou um porta-voz da agência de inteligência militar da Ucrânia.
"Outro retorno de nosso povo - algo que sempre esperamos e trabalhamos incansavelmente para alcançar... Precisamos trazer de volta para casa cada um de nosso povo, tanto militares quanto civis", disse Zelenskiy no X, anunciando a 56ª troca desse tipo com a Rússia.
O chefe de gabinete de Zelenskiy, Andriy Yermak, afirmou no aplicativo de mensagens Telegram que os ucranianos libertados incluíam sete civis, além de membros das Forças Armadas, da guarda nacional, da polícia e do serviço de guarda de fronteira.
A Ucrânia não informou quantos russos foram libertados. Moscou ainda não tinha comentado sobre a troca.
Imagens de vídeo divulgadas pela Ucrânia de um local não revelado mostraram militares sendo recebidos com flores, abraços e folhetos dizendo: "Obrigado por terem suportado tudo isso". Um prisioneiro libertado segurou o folheto em seu coração e chorou.
Kiev e Moscou têm trocado prisioneiros com frequência desde a invasão em grande escala da Rússia, e a troca de sexta-feira foi a segunda desde que a Ucrânia iniciou uma incursão transfronteiriça na região russa de Kursk no início de agosto.
A Ucrânia disse que suas tropas capturaram pelo menos 600 soldados russos durante a incursão, e que isso a ajudaria a garantir o retorno dos ucranianos capturados.
O ombudsman ucraniano Dmytro Lubinets declarou que a Ucrânia já garantiu o retorno de 3.569 pessoas do cativeiro russo desde o início da invasão.
(Reportagem de Yuliia Dysa)