WASHINGTON (Reuters) - O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, negou nesta segunda-feira a afirmação russa de que um caça ucraniano estava voando perto do avião abatido da Malaysia Airlines na semana passada, dizendo que aviões ucranianos na área estavam em solo no momento da queda.
Em resposta à declaração do Ministério da Defesa russo mais cedo nesta segunda-feira, de que um avião militar ucraniano voou dentro de 3 a 5 quilômetros do avião da Malásia no momento em que foi derrubado, Poroshenko disse à CNN: "Minha reação imediata: isso não é verdade."
Ele disse que a Ucrânia estava aberta a qualquer investigação sobre seus aviões e que os russos devem fornecer evidências para essa afirmação.
Poroshenko também disse que, no momento do incidente, o espaço aéreo sobre o leste da Ucrânia estava sendo monitorado por diversos sistemas de vigilância.
"Todo mundo sabe que neste período de tempo, quando a tragédia aconteceu, todos os aviões ucranianos estavam no chão (naquela região)", disse à CNN em uma entrevista.
De acordo com uma transcrição da entrevista postada no seu site, Poroshenko também sugeriu pedir que os Estados Unidos concedam à Ucrânia a condição especial de Principal Aliado Não-Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), o mesmo status agora desfrutado por Israel, Egito e Austrália.
Qualquer fortalecimento dos laços entre Kiev e Washington certamente incomodará Moscou, que vê o antigo bloco soviético como sua esfera de influência especial.
(Por David Storey, com reportagem adicional de Gabriela Baczynska, em Kiev)