BRUXELAS (Reuters) - A Comissão Europeia confirmou na noite de sexta-feira quantas permissões de poluição serão removidas do mercado de carbono da União Europeia em 2021 devido à saída do Reino Unido do bloco no fim deste ano.
O mercado de carbono é a principal política climática da UE, forçando usinas elétricas, a indústria e empresas aéreas que voam dentro da União Europeia a comprar permissões quando emitem gases do efeito estufa que aquecem o planeta.
O Reino Unido deve sair do esquema no fim de 2020, quando o período de transição de 11 meses do Brexit expirar.
A Comissão disse em um comunicado que as Reservas de Estabilidade do Mercado (MSR), do mercado de carbono, que removem as autorizações em excesso do sistema, retirarão menos permissões em 2021, refletindo a saída do Reino Unido.
O MSR removerá 307.663.518 permissões dos volumes leiloados no mercado de carbono de 1 de setembro de 2020 até 31 de agosto de 2021 e irá mantê-las em uma reserva.
Anteriormente, o MSR havia agendado a remoção de 332.519.080 permissões no período.
A quantidade de permissões no mercado de carbono é baseada nas emissões de instalações cobertas pelo esquema. A UE disse que ajustará a oferta de permissões em 2021 para refletir a saída das instalações britânicas. A redução do MSR é baseada nesta oferta ajustada.
A Comissão confirmou na sexta-feira que número de permissões emitidas para o setor de aviação será de cerca de 24,5 milhões em 2021. A maioria destas permissões, cerca de 20,7 milhões, será entregue gratuitamente às empresas aéreas.
As usinas elétricas da Irlanda do Norte vão continuar sendo cobertas pelo mercado de carbono em 2021, sob regras do mercado de eletricidade determinadas no acordo de saída do Reino Unido da União Europeia.
Os leilões do mercado de carbono da UE em 2021 começarão no fim de janeiro ou início de fevereiro, disse a Comissão.
(Por Kate Abnett)