Por Daphne Psaledakis
WASHINGTON (Reuters) - A União Europeia e seus aliados estão considerando adotar medidas acerca da exportação de bens da China e que podem ajudar o setor militar russo, incluindo a imposição de mais sanções, afirmou nesta quinta-feira o coordenador do tema no bloco.
O enviado de sanções da UE, David O'Sullivan, afirmou que conversou com suas contrapartes norte-americanas nesta semana sobre como lidar com o crescente papel da China e de outros centros de produção no Sudeste Asiático como fontes de produtos de tecnologia avançada, enquanto os aliados tentam evitar a evasão da Rússia das sanções ocidentais impostas devido à guerra na Ucrânia.
“Continuaremos analisando como podemos lidar com esse tema”, afirmou O'Sullivan a repórteres em Washington.
Os Estados Unidos, a UE e outros parceiros têm aplicado várias sanções contra Moscou para tentar impedir que a Rússia tenha acesso a receitas e tecnologias sofisticadas, ambas necessárias ao país para a fabricação de armas usadas na guerra, que já matou ou feriu dezenas de milhares de pessoas.
A embaixada da China em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Pequim já disse anteriormente que se opunha firmemente às sanções da UE contra empresas chinesas por causa da guerra na Ucrânia.
A UE tem aplicado sanções contra algumas entidades na China e Hong Kong que o bloco vê como parte de redes de compras europeias para exportação à Rússia, e continuará adotando tais medidas, segundo O'Sullivan.
(Por Daphne Psaledakis; reportagem adicional de Timothy Gardner e David Brunnstrom)