Em discurso na 2ª feira (15.jan.2024) na Assembleia Popular Suprema –o parlamento oficial da Coreia do Norte–, Kim Jong-un disse não acreditar na possibilidade de unificação com a Coreia do Sul. Ele também disse que o país vizinho tenta fomentar a mudança de regime para promover a unificação de forma “furtiva”.
O líder da Coreia do Norte ainda pediu uma alteração constitucional para identificar a Coreia do Sul como o “Estado hostil número um” do país. As informações são da agência de notícia estatal norte-coreana KCNA.
Em resposta, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, disse que as declarações eram uma “admissão de que o próprio regime norte-coreano é um grupo anti-nacional”.
As falas de Kim Jong-Un vão na contramão da “Declaração Conjunta Norte-Sul”, de 2000. Na ocasião, os 2 países se comprometeram a trabalhar para uma futura reunificação. Em 2018, voltaram a se reunir para reforçar o acordo e discutir a desnuclearização da Coreia do Norte.
As tensões na península coreanas seguem escalando nos últimos meses. Em 5 de janeiro, a Coreia do Norte realizou cerca de 260 disparos de projéteis perto da fronteira marítima com a Coreia do Sul. No domingo (15.jan), a Coreia do Norte também testou um novo míssil hipersônico de combustível sólido com alcance intermediário.