RIO DE JANEIRO (Reuters) - O time brasileiro de vela quer manter a tradição da modalidade de conquistar medalhas em Jogos Olímpicos e aposta na mescla entre veteranos e jovens para atingir o objetivo no Rio de Janeiro em 2016.
A equipe com 15 atletas de nove classes diferentes foi apresentada nesta segunda-feira no Morro da Urca, que tem vista para a Baía de Guanabara, local onde serão realizadas as provas no ano que vem.
O coordenador da equipe brasileira, o medalhista em cinco edições de Jogos Torben Grael, se mostrou otimista com a possibilidade de medalhas.
"Temos que ter calma e cautela, manter o nível de preparação, mas temos um time com muito potencial misturando jovens com veteranos", declarou ele a jornalistas.
A vela brasileira já garantiu 17 medalhas olímpicas, sendo seis de ouro, apesar de o Brasil ser conhecido no mundo como o país do futebol. "Somos o país de muitas cores, raças, estilos e esportes", destacou Robert Scheidt, bicampeão olímpico e dono de um total de cinco pódios nos Jogos.
Scheidt acredita que a disputa em casa é um estímulo a mais para jovens e também para os mais experientes do time brasileiro.
"Acho que talvez esse seja o time brasileiro com mais chances de medalhas em classes diferentes. Isso é garantia que a vela vai ter sequência e não podemos depender só dos veteranos", disse ele. "Será um momento muito especial e se não fosse no Brasil talvez não tivesse feito tanto esforço para me classificar."
Se Scheidt, de 42 anos, é o veterano do grupo com um longo currículo e respeito internacional, jovens como Martine Grael e Kahena Kunze buscam em 2016 seu primeiro triunfo olímpico. Elas foram campeãs mundiais na classe 48er FX em 2014.
"Teremos que continuar mantendo o alto nível para tentar o pódio em 2016", resumiu Martine, filha de Torben Grael.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)