CARACAS (Reuters) - O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, disse nesta quarta-feira que oito soldados foram mortos em combates em meio a confrontos contínuos entre as Forças Armadas e grupos armados ilegais ao longo da fronteira com a Colômbia.
Em uma breve postagem no site do ministério, Padrino listou os nomes dos oito soldados, sem dar detalhes sobre como eles morreram. Na segunda-feira, Padrino afirmou que combates ao longo da fronteira nas últimas 72 horas deixaram militares mortos e feridos, mas não especificou quantos morreram.
No início da quarta-feira, o comandante do Exército, general Domingo Hernández, escreveu no Twitter que quatro sargentos foram mortos no campo de batalha enquanto lutavam "em defesa da pátria", sem explicar quando, onde ou em que circunstâncias morreram. Esses quatro também foram incluídos na lista de Padrino.
O Ministério da Informação da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Os combates começaram nas áreas de fronteira do estado de Apure, no oeste do país, no final de março, levando milhares de civis a fugir para a Colômbia, segundo grupos de direitos humanos.
As autoridades não especificaram contra quais grupos estão lutando, mas oposicionistas há muito tempo acusam Maduro de abrigar integrantes de grupos guerrilheiros colombianos, incluindo o Exército de Libertação Nacional (ELN) e membros dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que rejeitaram um acordo de paz de 2016.
(Reportagem de Vivian Sequera em Caracas e Anngy Polanco em San Cristóbal, Venezuela)