CARACAS (Reuters) - Dois espanhóis, três norte-americanos e um tcheco foram presos na Venezuela sob acusação de conexões com planos de desestabilização do país sul-americano, de acordo com informações de uma autoridade venezuelana reveladas neste sábado.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que “um militar dos EUA” foi preso na Venezuela e que estava ciente dos relatos, sem confirmação, sobre outros dois cidadãos norte-americanos detidos no país da América do Sul. O porta-voz negou a alegação venezuelana de que o país estaria envolvido em algum complô para derrubar o governo de Caracas.
O anúncio venezuelano deve aumentar a já significativa tensão do país com a Espanha e os Estados Unidos, depois da disputada eleição presidencial em julho.
O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, disse em uma coletiva de imprensa que os dois espanhóis eram supostamente ligados ao serviço secreto da Espanha e que planejavam o assassinato de um prefeito.
A imprensa espanhola reportou o caso e o governo do país negou as alegações.
Cabello também acusou três cidadãos dos EUA e um tcheco de envolvimento em atos terroristas, incluindo supostos planos de assassinar o presidente venezuelano Nicolás Maduro e outras autoridades.
(Reportagem de Deisy Buitrago em Caracas, Graham Keeley em Madri e David Brunnstrom e Timothy Gardner em Washington)