VIENA (Reuters) - O vice-chanceler austríaco disse nesta segunda-feira que a Áustria não pode aceitar mais de 100 mil imigrantes por ano, após um pedido da Alemanha para limitar chegadas.
Centenas de milhares de pessoas, muitas fugindo de conflitos e pobreza no Oriente Médio, Ásia e outros lugares, entraram na Áustria desde o início de setembro.
A maior parte seguiu para Alemanha, mas a Áustria ainda espera ter recebido cerca 95 mil pedidos de asilo neste ano, equivalente a mais de 1 por cento da população do país, comparado aos 28 mil registrados em 2014. Deste total, 38 por cento foi aprovado.
"Em torno de 90 a 100 mil - muito mais simplesmente não será possível", disse Reinhold Mitterlehner, do conservador OVP, parceiro júnior na coalizão, à rádio ORF.
O chanceler Werner Faymann, social democrata que geralmente adotou um tom mais compassivo do que os conservadores sobre a questão, foi citado como tendo dito no sábado que a Áustria deveria acelerar as deportações de imigrantes que não se qualificam para o asilo.
Faymann também enfatizou que decisões políticas foram coordenadas de perto com a chanceler alemã, Angela Merkel, que se comprometeu a "reduzir de forma notável o número de refugiados", rechaçando um desafio por parte de críticos ao seu governo.
(Reportagem de Shadia Nasralla)