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Vice-presidente dos EUA critica líder de Mianmar por "perseguição" de rohingyas

Publicado 14.11.2018, 10:04
© Reuters. Líder de Mianmar Aung San Suu Kyi e vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, durante reunião bilateral em Cingapura

Por John Geddie

CINGAPURA (Reuters) - O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, expressou, nesta quarta-feira, a repreensão mais dura do governo Trump ao tratamento de muçulmanos rohingyas por Mianmar, dizendo à líder Aung San Suu Kyi que a "perseguição" realizada pelo Exército de seu país "não tem desculpa".

Pence também pressionou Suu Kyi a perdoar dois jornalistas da Reuters que foram presos em Mianmar há quase um ano e condenados a sete anos de prisão em setembro por violarem a Lei de Segredos Oficiais do país.

"A violência e a perseguição de militares e justiceiros, que resultou na fuga de 700 mil rohingyas para Bangladesh, não têm desculpa", disse Pence a Suu Kyi em comentários abertos à mídia antes de conversarem em particular nos bastidores de uma cúpula da Ásia-Pacífico, em Cingapura.

"Estou ansioso para saber sobre o progresso que você está fazendo para cobrar os responsáveis pela violência que deslocou tantas centenas de milhares e provocou tamanho sofrimento, inclusive a perda de vidas", acrescentou.

Sentada ao lado de Pence, Suu Kyi apresentou semblante duro enquanto o vice-presidente falava.

O Exército de Mianmar realizou uma grande ofensiva em Rakhine, Estado do norte do país, no final de agosto do ano passado em resposta a ataques de militantes rohingyas.

Mianmar nega ter perseguido membros da minoria muçulmana, dizendo que suas forças conduziram operações de contrainsurgência legítimas.

Respondendo a Pence, Suu Kyi disse: "É claro que as pessoas têm pontos de vista diferentes, mas a questão é que se deve compartilhar estes pontos de vista e tentar entender um ao outro melhor".

"De certa maneira podemos dizer que entendemos nosso país melhor do que qualquer outro país, e tenho certeza de que você dirá o mesmo do seu, que entende seu país melhor do que qualquer outro", acrescentou.

Nesta semana, a Anistia Internacional retirou seu prêmio de direitos humanos mais prestigioso de Suu Kyi, a acusando de perpetuar abusos de direitos humanos por não se pronunciar sobre a violência contra os rohingyas.

Antes saudada como defensora da luta pela democracia, a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1991 foi privada de diversas honrarias internacionais devido ao êxodo de rohingyas.

Nem Suu Kyi nem seu gabinete comentou publicamente a decisão da Anistia Internacional.

Pence também disse que Washington quer ver uma imprensa livre e democrática em Mianmar.

Depois das conversas a portas fechadas, autoridades da Casa Branca disseram a repórteres que Pence pressionou Suu Kyi "diversas vezes" para que ela perdoe dois jornalistas da Reuters condenados no país.

© Reuters. Líder de Mianmar Aung San Suu Kyi e vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, durante reunião bilateral em Cingapura

Os jornalistas Wa Lone e Kyaw Soe Oo, ambos cidadãos de Mianmar, foram presos na cidade de Yangon em dezembro passado. No dia 5 de novembro seus advogados entraram com um recurso contra sua condenação.

À época de sua prisão eles trabalhavam em uma investigação da Reuters sobre o assassinato de 10 muçulmanos rohingyas durante uma operação repressiva do Exército em Rakhine. A Reuters publicou sua investigação do massacre no dia 8 de fevereiro.

Suu Kyi disse que a prisão dos repórteres da Reuters não tem relação com a liberdade de expressão e que eles não foram condenados por serem jornalistas, mas porque violaram a lei de segredos oficiais.

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