Calendário Econômico: Livro Bege do Fed, guerra comercial, dado de atividade no BR
Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobreviveu confortavelmente a duas tentativas de destituí-la quando o Parlamento Europeu rejeitou moções de desconfiança de grupos de extrema-direita e de esquerda na quinta-feira.
Os parlamentares da UE rejeitaram as duas moções de censura, com 378 dos 720 membros do Parlamento expressando apoio a von der Leyen na primeira votação e 383 na segunda.
Von der Leyen disse em um post no X que apreciava profundamente o apoio e que sua equipe de comissários trabalharia em estreita colaboração com o Parlamento para enfrentar os desafios da Europa.
Os resultados foram ligeiramente melhores para a chefe do executivo da UE do que em julho, quando 360 parlamentares votaram contra uma moção apresentada principalmente por parlamentares de extrema-direita, embora abaixo dos 401 votos para a reeleição de von der Leyen para um segundo mandato em julho de 2024.
Apesar de as moções de censura quase não tivessem chance de alcançar a maioria de dois terços necessária para destituir von der Leyen, alguns parlamentares disseram que elas podem expor uma inquietação mais geral sobre sua liderança e desestabilizar a assembleia da UE, cujo apoio é necessário para aprovar legislação.
Os partidos fora da corrente dominante perceberam que as moções de censura, antes raramente usadas, são fáceis de serem acionadas depois que as eleições de 2024 ampliaram a extrema-direita para mais de 100 parlamentares, com apenas 72 necessários para apoiar uma moção.
Ambas as moções de censura criticavam von der Leyen por aceitar um acordo tarifário desequilibrado com os Estados Unidos e propor um acordo comercial com o bloco sul-americano Mercosul, que, segundo os críticos, ameaça os agricultores e o meio ambiente.
Os acordos com os Estados Unidos e com o Mercosul serão votados no Parlamento Europeu nos próximos meses, e os resultados não são claros.
(Reportagem de Inti Landauro e Philip Blenkinsop)