(Reuters) - Ele tem uma carreira em Hollywood que foi de um papel de garçom na série "Cheers" à participação em uma guerra futurista em "Jogos Vorazes", enquanto ela conquistou um Oscar de melhor atriz antes de fazer 30 anos de idade. Agora Woody Harrelson e Brie Larson estão dividindo a tela no novo filme "O Castelo de Vidro".
Adaptação de um livro de memórias de grande vendagem de Jeannette Walls, a produção traz Brie no papel da protagonista, que viveu uma infância de pobreza em uma família excêntrica e problemática, e Harrelson como seu pai alcoólatra.
A Reuters conversou com a dupla antes do lançamento britânico do filme nesta semana. A seguir, alguns trechos da entrevista.
P: Woody, você dirigiu um filme lançado no ano passado chamado "Lost in London". Gostaria de dirigir mais?
R: Sim. Sabe, agora que meu visual me traiu, não posso contar que vou continuar fazendo isto muito mais tempo. Você sabe que eles gostam de atores bonitos, então com certeza dirigirei mais.
P: Brie, o que a atraiu nesta personagem? Foi o fato de você não falar com seu pai há 10 anos?
R: Acho que tem a ver com as famílias serem complicadas e terem muitos pontos negativos e positivos. Acho que a vida é assim, você não escolhe que partes da vida recebe, você recebe de tudo...
Acho que muitos de nós sentem que não têm direito de ser quem somos, ao menos não temos direito de ser a totalidade do que somos. E quero incentivar mais pessoas a sentir que podem ser tudo, sabe, que você pode ser complicado.
P: Woody, quão semelhante ao personagem que interpreta no filme você é?
R: Acho que isso é uma coisa importante em qualquer personagem, você tem que descobrir o que no personagem é exatamente como você, e compensar o resto com a imaginação, sabe?
Mas certamente ele está querendo ser livre, (tem) a crença de que a educação é melhor quando é baseada na experiência, que é melhor ir para a natureza e simplesmente experimentar o que você está falando ao invés de se sentar em uma sala de aula.
Tendo a concordar com algumas de suas opiniões sobre o sistema de saúde.
P: Você viveu Lyndon Johnson em um filme ainda inédito. Agora que interpretou um vice-presidente, interpretaria Donald Trump?
R: Não. Eu tenho que gostar do sujeito, não posso interpretá-lo.
(Por Pedro Caiado da Cunha)