Por Yuliia Dysa
KIEV (Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, está avaliando as vantagens e desvantagens de realizar eleições presidenciais em 2024, disse seu ministro das Relações Exteriores nesta sexta-feira, embora haja grandes preocupações sobre como organizar uma votação livre e justa durante a guerra com a Rússia.
Após a invasão da Rússia em fevereiro de 2022, a Ucrânia declarou lei marcial, que proíbe eleições.
Mas houve alguns apelos, inclusive do senador norte-americano Lindsey Graham, para que as eleições continuem mesmo que a guerra não termine, como prova da saúde democrática do país.
"Não estamos fechando esta página. O presidente da Ucrânia está considerando e pesando os diferentes prós e contras", disse Dmytro Kuleba, acrescentando que as eleições trariam desafios sem precedentes.
A Ucrânia estava programada para realizar uma eleição parlamentar em outubro e um pleito presidencial em março de 2024.
Kuleba fez seu comentário durante uma aparição online em um evento nos Emirados Árabes Unidos, quando perguntado se a Ucrânia realizaria eleições presidenciais no próximo ano.
Ele apontou para problemas de riscos de segurança e como garantir votos para centenas de milhares de soldados, milhões de ucranianos no exterior e aqueles que vivem sob ocupação russa.
Zelenskiy tem dito que as eleições podem ser realizadas, se necessário, mas que o Parlamento teria que mudar a lei e que assistência estrangeira seria necessária para ajudar no financiamento e encontrar um local para milhões de pessoas votarem no exterior.
Ele disse que deseja concorrer a outro mandato se houver uma eleição. Seus índices de aprovação continuam muito altos, embora tenham caído um pouco desde o primeiro ano da guerra.
A Rússia controla quase um quinto do território ucraniano e cerca de 6 milhões de ucranianos vivem atualmente espalhados pela Europa.