HARARE (Reuters) - O Zimbábue prorrogou a votação, em distritos selecionados, por um dia, depois que a distribuição tardia de cédulas atrasou a votação, de acordo com um decreto presidencial emitido na noite de quarta-feira.
Os eleitores no país do sul da África esperaram horas para votar na quarta-feira, dizendo que estavam ávidos por uma mudança, diante da atual situação de caos econômico, mas analistas estavam céticos quanto à possibilidade de o partido no poder, o ZANU-PF, permitir uma eleição confiável ou qualquer afrouxamento de seu domínio sobre o poder.
De acordo com a lei do Zimbábue, a votação deverá ocorrer no prazo de um dia.
O aviso presidencial listou 40 distritos que foram afetados pelos atrasos. Embora as áreas nomeadas representem menos de 1% dos 12.374 distritos do país, elas incluem 11 distritos na capital Harare, que tem o maior número de eleitores registrados.
De acordo com um aviso do Presidente Emmerson Mnangagwa anunciando o dia extra de votação, os distritos afetados estão em três das dez províncias do Zimbábue -- o reduto da oposição Harare, Mashonaland Central, onde o partido no poder é tradicionalmente dominante, e Manicaland, um importante campo de batalha eleitoral.
Mnangagwa busca a reeleição depois de um primeiro mandato durante o qual a inflação galopante, a escassez de moeda e o desemprego altíssimo deixaram muitos cidadãos zimbabuanos dependentes de remessas de dólares de familiares no estrangeiro para sobreviverem.
(Por Nelson Banya e Nyasha Chingono; texto de Estelle Shirbon)
((Tradução Redação São Paulo))
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