Por Daniel Wiessner
(Reuters) - A Fox News está enfrentando novas ações legais segundo as quais a rede de televisão norte-americana maltratou funcionários que não são brancos uma semana depois de o conglomerado Twenty-First Century Fox cortar os laços com seu maior astro devido a queixas separadas de assédio sexual.
Onze funcionários atuais e antigos da Fox, incluindo o âncora Kelly Wright, apresentaram uma ação civil retificada a um tribunal do Estado de Nova York na terça-feira alegando terem sido menosprezados, humilhados, preteridos em promoções e menos remunerados do que colegas brancos.
A ação civil havia sido apresentada inicialmente por dois empregados da rede no mês passado. A queixa de terça-feira acrescentou ações coletivas de discriminação racial.
Também na terça-feira, uma ex-especialista contábil da Fox New, Adasa Blanco, apresentou uma ação civil em uma corte federal de Nova York alegando que suas queixas sobre discriminação racial foram ignoradas e que, em resultado disso, foi obrigada a se demitir em 2013.
Um porta-voz da Fox News disse em um comunicado que a emissora nega veementemente as alegações e que "irá se defender vigorosamente neste casos".
Nos dois casos, os demandantes afirmam que foram ridicularizados e zombados pela ex-vice-presidente sênior e inspetora Judith Slater por causa de sua raça.
Eles dizem que executivos da Fox, inclusive Dianne Brandi, principal advogada da rede, lhes disseram que nada podia ser feito porque Slater sabia demais sobre "indelicadezas" cometidas pelo ex-diretor Roger Ailes e o renomado comentarista Bill O’Reilly.
A Fox disse que Slater foi demitida em fevereiro devido às queixas.
As novas alegações de discriminação racial acontecem depois que a Fox afirmou, em 19 de abril, que havia demitido O'Reilly devido a acusações de assédio sexual.