O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 13, que o poder público não pode economizar para reparar o dano causado pelas chuvas no Rio Grande do Sul, já que a infraestrutura destruída no Estado, se não for recuperada, pode colocar o crescimento econômico em risco. Questionado sobre como o socorro poderia influenciar no alvo fiscal da equipe econômica, que quer zerar o déficit neste ano, Haddad reforçou que os recursos não são contabilizados na meta.
"É uma contabilidade completamente segregada", respondeu o ministro, argumentando que um evento extraordinário precisa ser cuidado de forma extraordinária. Disse, em seguida, que o governo não pode deixar de atender o Estado por uma "questão que pode ser resolvida no ano que vem" - sem entrar em mais detalhes. "É uma contabilidade completamente segregada. Ninguém vai misturar uma coisa com outra. É um evento extraordinário. Um evento extraordinário precisa ser cuidado de forma extraordinária. Você não pode num momento desse deixar de atender em função de uma questão que pode ser resolvida no ano que vem. Vamos fazer o atendimento porque nenhum brasileiro vai conviver com essa tragédia e cruzar os braços", afirmou.
Haddad evitou entrar nas discussões sobre o tamanho da ajuda que será necessária para recuperar o Estado. "Somos prudentes em falar em números. Estamos fazendo medidas ao RS com critério, para termos clareza de que o recurso é necessário", afirmou o ministro, respondendo que não há um limite preestabelecido para socorrer o Rio Grande do Sul.
"Vamos ter que reparar o dano que foi causado. Isso vai exigir da nossa parte muita transparência, controle, conversas permanentes com os tribunais de contas para que a gente tenha foco nas famílias que precisam na infraestrutura que vai garantir a recuperação econômica do Estado. Não podemos colocar o crescimento econômico do pais a perder em função da falta de estrutura. Precisa de aeroporto, estrada. Se você economizar agora nisso, você vai ter um prejuízo no crescimento econômico medonho", respondeu Haddad.
O ministro ainda garantiu que ninguém deixará a mesa de negociação, ao ser questionado sobre a demanda do Estado por mais medidas. "Estamos permanentemente fazendo as considerações para anunciarmos medidas conforme a necessidade do Estado", respondeu.