A liquidez no mercado spot de açúcar cristal branco está baixa no estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, na semana passada, além do feriado de Corpus Christi na quinta-feira, 19, que tende a diminuir o volume das negociações, compradores não adquiram grandes quantidades no spot. Neste ponto, pesquisadores do Cepea ressaltam que a demanda tem sido limitada desde o início da atual safra 2025/26 (abril/25). Aparentemente, o volume de açúcar recebido por meio dos contratos se mostra suficiente para o andamento da produção, reduzindo, desta forma, a necessidade de compras adicionais no spot. Quanto aos preços, seguem em queda. Na segunda-feira, 16, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal branco até mostrou sinal de reação, quando fechou a R$ 128,22/saca de 50 kg, com alta de 2,14% frente ao anterior. Porém, ao longo da semana, os valores voltaram a cair, e, na sexta-feira, 20, o Indicador CEPEA/ESALQ encerrou a R$ 123,02/saca. No acumulado da parcial de junho (até o dia 20), a retração do Indicador é de quase 8%.
ETANOL: Com vendedor firme, preço do hidratado sobe em SP
Depois de recuarem por cinco semanas consecutivas, os preços do etanol hidratado subiram no mercado spot do estado de São Paulo de 16 a 20 de junho. Segundo pesquisadores do Cepea, a postura firme do vendedor e os estoques menores de etanol deram sustentação ao valor do hidratado. De acordo com pesquisadores, vendedores abriram preços mais altos no começo da semana, e as cotações se sustentaram ao longo do período. A forte valorização externa do barril do petróleo foi um fator que influenciou essa postura de agentes. Do lado comprador, alguns estiveram ativos, mas negociaram de forma pontual. Nesse cenário, no mercado spot do estado de São Paulo, entre 16 e 20 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,5696/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 1,15% frente ao do período anterior. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro fechou a R$ 2,9134/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), elevação de 0,39% no mesmo comparativo.
TRIGO: Preços do cereal se estabilizam, mas os do farelo sobem
Os preços do trigo estão estáveis no mercado spot nestes últimos dias, com as médias operando na casa dos R$ 1.500/tonelada no Paraná e na dos R$ 1.300/t no Rio Grande do Sul. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário pode estar atrelado à redução da área da atual temporada e às condições climáticas extremas no Sul do País. Quanto aos derivados, os preços do farelo estão avançando, impulsionados pelo aumento na demanda para consumo de ração animal. No mercado externo, fortes chuvas na região das Grandes Planícies dos Estados Unidos, a piora nas condições das lavouras norte-americanas de trigo de inverno e o atraso na colheita daquele país elevaram os valores do trigo na semana passada.
MELANCIA: Maior oferta em GO e no TO segue pressionando valores
Os preços da melancia graúda (>12 kg) recuaram novamente na semana passada (de 16 a 20 de junho). Segundo agentes consultados pelo Hortifrúti/Cepea, as sucessivas quedas que têm sido registradas desde o início do mês se devem ao aumento de oferta tanto em Uruana (GO) quanto no Tocantins. Além disso, termômetros mais amenos no Sul e no Sudeste têm enfraquecido a demanda, reforçando as baixas nos valores. Levantamento do Hortifrúti/Cepea mostra que os preços das melancias de calibres médio e miúdo em Uruana (GO) foram de R$ 0,33/kg e de R$ 0,26/kg, respectivamente, patamares que, segundo produtores, são insuficientes para cobrir os principais custos de produção. Para a melancia de maior calibre (>12kg), os preços recuaram 26%, com a média semanal a R$ 0,44/kg. Pesquisadores do Hortifrúti/Cepea indicam que a disponibilidade da fruta deve seguir crescendo, devido ao avanço da colheita em Goiás. Assim, caso a demanda não volte a se aquecer, as cotações devem seguir enfraquecidas, pressionando ainda mais os resultados financeiros dos produtores em junho.