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Os preços médios do açúcar cristal negociado no mercado spot de São Paulo registraram forte recuperação nos últimos dias, conforme aponta levantamento do Cepea. Na sexta-feira, 19, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, atingiu R$ 120,45/saca de 50 kg, o maior patamar em quase um mês e alta de 2,75% em relação ao da sexta-feira anterior. Segundo o Centro de Pesquisas, a entrega de açúcar para atender aos contratos internos e de exportação mantém baixa a disponibilidade do produto no spot, dando suporte para o aumento dos preços para o cristal na pronta-entrega. Pesquisadores ressaltam que a valorização ocorre mesmo diante do significativo avanço na produção de açúcar no estado de São Paulo – o longo período de estiagem favoreceu a colheita ininterrupta de cana. De acordo com dados da Unica, na segunda quinzena de agosto/25, usinas paulistas produziram 2,521 milhões de toneladas do adoçante, 21,32% a mais que em intervalo equivalente de 2024.
ETANOL: Indicador do hidratado tem nova queda; anidro também recua
Levantamentos do Cepea mostram que, na última semana, os preços tanto do etanol hidratado como do anidro caíram no mercado paulista. Entre 15 e 19 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado (estado de São Paulo) fechou em R$ 2,7471/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), baixa de 1,23% sobre o período anterior – foi a segunda semana seguida de queda para este biocombustível. No caso do anidro, que vinha se sustentando nas últimas semanas, o Indicador CEPEA/ESALQ também recuou, em 1,8%, a R$ 3,2155/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Pesquisadores explicam que, de modo geral, o interesse de demandantes de pequeno a grande porte foi pontual, e vendedores estiveram mais “flexíveis” nos valores, contexto que resultou em quedas nos preços de ambos os etanóis. Agentes de algumas usinas que, até então, seguiam com postura firme também acabaram ajustando para baixo os valores negociados.
TRIGO: Além de colheita, quedas externa e do dólar reforçam pressão sobre valores
Os preços do trigo vêm registrando novas quedas, aponta levantamento do Cepea. Segundo pesquisadores, além do avanço da colheita da nova safra brasileira, as desvalorizações externa e do dólar reforçaram o movimento de baixa na cotação interna do cereal nos últimos dias. Levantamento do Centro de Pesquisas mostra que recuos expressivos nos preços foram verificados em diferentes estados, com a tendência ocorrendo primeiramente nos valores pagos aos produtores (mercado de balcão) e, posteriormente, no atacado (mercado de lotes). Quanto à safra, a Conab indicou que, até 13 de setembro, 13,8% da área nacional havia sido colhida, com forte avanço em Goiás (95%), Minas Gerais (94%), Mato Grosso do Sul (82%), São Paulo (20%) e Paraná (12%). No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a colheita ainda não havia começado.
CEBOLA: Preços estabilizam, mas seguem em baixos patamares
Levantamento realizado pela equipe Hortifrúti/Cepea mostra que os preços médios da cebola fecharam a semana passada (15 a 19/09) praticamente estáveis nas regiões de Monte Alto (SP) e São José do Rio Pardo (SP), em R$ 15,50/sc de 20 kg e R$ 17,00/sc de 20 kg, respectivamente. Segundo pesquisadores, o comportamento interrompeu uma sequência de quedas que vinha sendo observada nessas praças. De um lado, o volume regional (e nacional) permanece alto, o que tem impedido aumentos nos valores. De outro, o gradeamento de áreas nas regiões reduziu, ao menos brevemente, a oferta paulista. Os patamares de preços, porém, continuam abaixo dos custos, cenário que, atrelado à dificuldade de escoamento da produção, deve levar à redução dos investimentos na cultura para a próxima safra, conforme relatam colaboradores do Hortifrúti/Cepea.