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Balanços do 3T: Setor de Tecnologia Desacelera, Varejo e Petróleo Mostram Força

Publicado 19.11.2018, 05:44
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Um dos períodos mais voláteis de divulgação de resultados está chegando ao fim. Essa é a boa notícia.

A má notícia é que os resultados, em vez de esclarecer os investidores quanto ao futuro, deixaram as perspectivas de mercado mais confusas. Considere, por exemplo, as gigantes da tecnologia, empresas que foram responsáveis pelo rali sem precedentes da última década. A maioria dessas companhias claramente desacelerou seu desempenho e falhou em gerar entusiasmo, no momento em que os mercados mais precisavam disso.

Os maiores motores de crescimento — Facebook (NASDAQ:FB), Alphabet (NASDAQ:GOOGL) e Amazon (NASDAQ:AMZN) — divulgaram resultados heterogêneos de maneira geral. O que os investidores conseguiram tirar desses números foram apenas promessas para o futuro, sem nada de concreto, uma vez que essas companhias mudaram seus modelos de negócios a fim de se adaptar às novas realidades do mercado, onde a prioridade maior é evitar violações de privacidade e a manipulação política.

A Amazon, maior varejista on-line, divulgou pela segunda vez consecutiva resultados trimestrais de vendas abaixo das expectativas, enquanto as vendas da Alphabet no terceiro trimestre ficaram aquém das previsões dos analistas, com um crescimento de receita proveniente dos principais sites do Google, incluindo Pesquisa e YouTube, mais lento do que no período anterior.

AAPL Semanal

Uma das maiores decepções entre as empresas de tecnologia veio da companhia mais valiosa do mundo por capitalização de mercado: a Apple (NASDAQ:AAPL). Depois que a fabricante de smartphones e aparelhos de mídia divulgou seus resultados no dia 1 de novembro, declarando em sua teleconferência que não revelaria mais dados sobre as vendas de iPhones, suas ações sofreram uma forte queda, perdendo 7% imediatamente após a divulgação do seu direcionamento para o futuro.

Nas duas semanas seguintes, as ações despencaram mais de 16%, atingindo seu nível mais baixo desde o final de junho. A queda acelerou quando diversos fornecedores da Apple cortaram suas previsões de demanda, gerando dúvidas sobre a perspectiva de demanda do principal iPhone da companhia na maior temporada de festas do ano.

Piora no ambiente macroeconômico

Embora as surpresas negativas dos resultados sem dúvida tenham influenciado a queda desses grandes nomes da tecnologia, é difícil ignorar a piora no ambiente macroeconômico e as maiores preocupações com o crescimento e a volatilidade, que estão forçando os investidores a buscar segurança.

As evidências dessa tendência vieram do setor de varejo, que ainda mostra vigor. Houve pressão sobre os preços das ações de alguns dos maiores varejistas do país, como Walmart (NYSE:WMT), Macy’s (NYSE:M) e Home Depot (NYSE:HD), apesar da divulgação de fortes resultados e perspectivas positivas para o 4T.

Em seu balanço realizado na semana passada, o Walmart, maior varejista do país, divulgou um crescimento nas vendas trimestrais e melhorou suas perspectivas de lucro para o ano. Suas vendas on-line também deram um salto, provando mais uma vez que a empresa está no caminho certo para enfrentar sua principal rival: a Amazon.

A empresa também continuou expandindo seu serviço de compra pela internet e retirada na loja, disponível em 2100 estabelecimentos, além do serviço de entrega de compras de supermercado, oferecido em 600 lojas. Esses esforços impulsionaram o crescimento das vendas on-line em mais de 40% no trimestre. No entanto, as ações do Walmart caíram cerca de 6% na semana passada.

As gigantes do petróleo foram o destaque. Alguns dos maiores produtores de petróleo e gás, como Exxon Mobil (NYSE:NYSE:XOM) e Chevron (NYSE:CVX) divulgaram seus mais fortes resultados trimestrais em quatro anos, com lucros que não eram vistos desde que o petróleo era cotado a US$ 100.

Ambas as companhias registraram aumentos de dois dígitos na produção na Bacia do Permiano, região do shale no Texas e Novo México, fazendo com que a extração de petróleo nos EUA alcançasse máximas recordes. O Perminano agora corresponde a 11% da produção geral da Chevron e é onde a Exxon realiza seu projeto com mais rápido crescimento.

Resumo

A maior lição dessa temporada de resultados:as empresas estão enfrentando pressões de custo devido à elevação dos salários e da taxa de juros. Essa tendência, combinada com preocupações em torno do crescimento global e da guerra comercial, tornará mais difícil a divulgação de resultados surpreendentes no futuro, até mesmo por empresas saudáveis.

Nesse ambiente de medo e incerteza, existem algumas áreas de refúgio: empresas defensivas, que pagam dividendos confiáveis e apresentam bom desempenho em ciclos de baixa de mercado. Três empresas do setor de consumo básico: Procter & Gamble (NYSE:PG), McDonald's (NYSE:MCD), e Coca-Cola (NYSE:KO), são exemplos excelentes. Cada uma delas pode oferecer proteção quando pouca coisa parece estar funcionando.

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