Os preços do boi gordo, dos animais de reposição e da carne estão firmes no mercado pecuário brasileiro neste mês. Muitos agentes de frigoríficos consultados pelo Cepea reajustaram positivamente no início desta semana os valores pagos por novos lotes para o abate, tendo em vista que as escalas de abate seguem curtas, entre 4 e 10 dias. No segmento de reposição, a liquidez está maior desde a semana passada. No entanto, pesquisadores do Cepea ressaltam que os negócios envolvendo boi magro estão limitados pela baixa oferta. No mercado de atacadista da carne, os preços da carne mostram recuperação, diante das boas vendas. Em relação às exportações, dados da Secex mostram que, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2025, o montante gerado com as vendas externas soma R$ 5,8 bilhões, alta de 22% frente ao do mesmo período de 2024. Esse resultado reflete os crescimentos de 10% do volume vendido e também de 10% dos preços em dólares recebidos.
SUÍNOS: Exportações são recordes para maio
Apesar de caírem em relação ao mês anterior, as exportações brasileiras de carne suína em maio foram recorde para o período, levando-se em consideração a série histórica da Secex iniciada em 1997. Segundo dados da Secex analisados pelo Cepea, foram embarcadas 117,5 mil toneladas da proteína em maio, 8,1% a menos que em abril, mas 13,7% acima da quantidade registrada em maio/24. Desde abril de 2024, o Brasil vem exportando mais de 100 mil toneladas de carne suína por mês, o que é um marco para o setor nacional. No mercado doméstico, pesquisadores do Cepea explicam que, após uma segunda quinzena de maio com preços em queda tanto do suíno vivo posto na indústria como da carne, as cotações reagiram de 3 a 10 de junho na maioria das regiões acompanhadas. O ritmo de negócios esteve firme, em um período de tradicional incremento na demanda, por conta do maior poder de compra da população, ainda conforme o Centro de Pesquisas.