Ibovespa recua liderado por tombo de CVC em dia de vencimentos; MRV&Co e Porto Seguro sobem

Publicado 13.08.2025, 10:17
Atualizado 13.08.2025, 11:35
© Reuters.

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, em meio a ajustes após flertar com 138 mil pontos na véspera, tendo CVC Brasil na ponta de baixa com tombo de quase 13% após resultado trimestral, enquanto MRV&Co era destaque positivo, com o balanço do segundo trimestre também ocupando as atenções.

Por volta de 11h05, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,47%, a 137.259,77 pontos, após fechar na máxima em cerca de um mês na véspera, com o pregão desta quarta também marcado por vencimento de opções sobre o Ibovespa e de contrato futuro do índice.

O volume financeiro somava R$3,66 bilhões.

No exterior, Wall Street tinha um viés mais positivo, com o S&P 500 em alta de 0,39%. De acordo com a equipe da Ágora Investimentos, os mercados no exterior permanecem "influenciados pelas crescentes expectativas sobre o (re)início de cortes de juros na maior economia do mundo".

DESTAQUES DO IBOVESPA

- CVC BRASIL ON desabava 12,93% em meio à análise do balanço do segundo trimestre, que mostrou prejuízo líquido ajustado de R$15,9 milhões. O Ebitda ajustado somou R$92,3 milhões. Nem a declaração do CEO de que vê "luz no fim do túnel" e que as vendas B2B estão crescendo dois dígitos arrefeceu a pressão negativa sobre os papéis.

- LOJAS RENNER ON recuava 4,61%, tendo como pano de fundo dados de vendas no varejo mais fracos do que as expectativas, que minava o desempenho do setor na bolsa, com ASSAÍ ON em queda de 4,21% e VIVARA ON com declínio de 3,55%, também na ponta negativa.

- MRV&CO ON avançava 3,54%, mesmo após divulgar prejuízo líquido ajustado de R$774,7 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro de R$29,4 milhões apurado no mesmo período do ano passado, tendo as operações da subsidiária norte-americana Resia como principal fator para o resultado negativo.

- SÃO MARTINHO ON subia 3,46%, ampliando alta desde a divulgação do balanço no final da segunda-feira, quando o grupo também anunciou a aprovação da expansão da unidade produtora de etanol a partir do processamento de milho (segunda fase) no município de Quirinópolis, em Goiás.

- PORTO SEGURO ON ganhava 2,18% após lucro líquido de R$878,1 milhões no segundo trimestre, um crescimento de 50,4% na comparação com o mesmo período de 2024. O grupo financeiro também divulgou projeções para 2025, incluindo que a receita total da unidade PortoBank deve crescer de 20% a 28%.

- VALE ON subia 0,24%, tendo como pano de fundo a estabilidade do preço do contrato de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian, na China, que fechou a sessão desta quarta-feira em 795 iuanes (US$110,79) a tonelada.

- PETROBRAS PN caía 0,19%, em meio à fraqueza do petróleo no exterior. O barril do Brent perdia 0,26%. A diretora de Exploração e Produção da Petrobras disse na véspera que foi definida a data para a realização de simulado na Bacia da Foz do Rio Amazonas.

- BTG PACTUAL UNIT cedia 2,32% após disparar na véspera, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) tinha acréscimo de 0,08%, BRADESCO PN subia 0,12%, BANCO DO BRASIL ON avançava 0,78% e SANTANDER BRASIL UNIT registrava elevação de 0,33%.

FORA DO IBOVESPA

- GPS ON disparava 7,08% tendo no radar balanço do segundo trimestre, com lucro líquido ajustado de R$156 milhões no trimestre, queda de 6% ano a ano, enquanto o Ebitda ajustado avançou 16%, para R$405 milhões.

- GRUPO MATEUS ON caía 7,59% após registrar no segundo trimestre lucro líquido de R$349 milhões, declínio de 6,7% ano a ano, enquanto o Ebitda subiu 29,9%, a R$705 milhões. Houve crescimento de 6,1% nas vendas mesmas lojas no período.

- HELBOR ON desabava 8,99%, após o resultado do segundo trimestre mostrar lucro líquido consolidado de R$20,3 milhões, ante R$31 milhões um ano antes, com queda de 11% na receita operacional líquida.

- AMERICANAS ON avançava 6,53%, com o balanço do segundo trimestre mostrando prejuízo líquido de R$98 milhões, bem menor do que a perda de R$1,86 bilhão sofrido um ano antes. A Americanas ainda anunciou que retomou o processo de venda da operação de hortifrutis Natural da Terra.

- MÉLIUZ ON subia 4,67%, em meio a mudanças no acordo de acionistas, com ORG Investments e Lucas Marques Peloso deixando de ser signatários. Nos seus lugares, entraram Gabriel Loures, presidente e diretor de crescimento, estratégia e novos negócios; e Túlio Braga, diretor de operações da empresa.

- MILLS ON valorizava-se 3,96% após balanço do segundo trimestre com lucro de R$87,3 milhões, expansão de 23% ano a ano, enquanto o Ebitda ajustado cresceu 25,7%, para R$227,2 milhões.

- BANCO PINE PN avançava 3%, após lucro líquido de R$83 milhões no segundo trimestre, alta de 30,1% ano a ano, com avanço de 53% nas receitas totais, enquanto as despesas administrativas e com pessoal subiram em ritmo menor.

- MULTI ON (SA:MLAS3) cedia 1,8%, mesmo mostrando lucro líquido de R$19,8 milhões no segundo trimestre, que reverteu resultado negativo de R$52,2 milhões sofrido um ano antes. Houve melhora em receita e margem bruta.

- SIMPAR ON recuava 1,03% tendo o balanço do segundo trimestre em foco, com prejuízo líquido de R$42,9 milhões, ante lucro de R$158,8 milhões um ano antes. O Ebitda, porém, somou quase R$3 bilhões, recorde e alta de 12,5%.

(Por Paula Arend Laier)

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