ÁSIA: Os mercados acionários asiáticos fecharam sem direção em meio a um comércio agitado nesta quarta-feira, enquanto os preços do petróleo continuaram em queda e com preocupações persistentes em relação à Grécia, freando o sentimento do investidor. As ações em Sydney e Kuala Lumpur foram destaques de perdas na região, após as bolsas americanas caírem com dados que apontaram para uma desaceleração do crescimento no setor de serviços dos EUA.
O S & P ASX 200 da Austrália caiu 0,21%, terminando em queda pela segunda sessão consecutiva, com os mercados de petróleo continuando a exercer pressão sobre o benchmark. A rentabilidade dos títulos de 10 anos do governo australiano caiu para um novo recorde de baixa, a 2,614%, com os investidores preocupados com a volatilidade nos mercados financeiros globais e perspectiva de alta das taxa de juros.
A maior produtora de petróleo da Austrália, a Woodside Petroleum, caiu 0,9%, e a Santos perdeu 1,3%, com analistas do Credit Suisse dizendo que a empresa é inviável com os atuais preços do petróleo e a taxa de câmbio. A gigante BHP Billiton fechou inalterada em 28,11 dólares, enquanto a principal rival {{8607|Rio Tinto (LONDON:RIO)}} caiu 0,5%, para 57,29 dólares. O preço à vista do minério de ferro desembarcado na China subiu 0,9%, para US$ 71,49 a tonelada. As mineradoras menores avançaram. A Atlas Iron subiu 7,8%, enquanto a BC Iron fechou em alta de 8,7%, limitando as perdas na bolsa.
Segundo analistas, as mineradoras podem receber um impulso nos próximos meses, em meio a relatos de que os estoques de minério de ferro na China estão próximos de uma baixa de onze meses. Os preços do minério de ferro caíram 47% em 2014.
No Japão, Nikkei fechou praticamente estável, freando as perdas íngremes de terça-feira, com a força do iene que foi negociado a ¥ 119,10 por dólar, a partir de ¥ 119,14 do dia anterior.
Em sentido contrário, na China continental, o Shanghai Composite terminou 0,69% maior, próximo de uma alta de cinco anos,com notícias de ofertas públicas iniciais. Os investidores temem que a aprovação de 20 IPO pela China Securities Regulatory Commission possa minar a liquidez do mercado.
Entre ganhadores, as companhias aéreas sobem pelo terceiro dia consecutivo na sequência de combustível mais barato. A Air China liderou o setor com um ganho próximo de 3%, enquanto a China Eastern Airlines e a China Southern Airlines subiram 1,4 e 1,1%, respectivamente.
As corretoras do continente se beneficiaram após regulador do país informar que planeja flexibilizar as regras para empresas de valores mobiliários para a criação de subsidiárias. A Citic Securities e a Haitong Securities dispararam 4,2 e 3,4 % cada, enquanto a Founder Securities fechou em alta de quase 1%.
A recuperação de papéis de empresas de energia também sustentou a bolsa. A PetroChina subiu 6%, enquanto a Sinopec e a China Oilfield Services reverteram as perdas e subiram 2,4 e 0,6%, respectivamente.
O governo da China aprovou 300 projetos de infraestrutura em diversos setores, incluindo o de mineração, previstos para serem iniciados este ano, com investimento total superior a 7 trilhões de yuans, o equivalente a cerca de US$ 1 trilhão. O objetivo, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg, é estabilizar o crescimento econômico do país asiático.
Enquanto isso, o Hang Seng de Hong Kong reverteu perdas as iniciais e subiu 0,73% na sessão da tarde, depois de dois dias seguidos de queda.
A bolsa da Malásia registrou um dos piores desempenhos entre os mercados emergentes da Ásia, com a persistente turbulência nos mercados de petróleo. O valor de referência do índice FTSE Bursa Malaysia caiu pela sexta sessão consecutiva de queda. Dados do governo mostraram um aumento inesperado nas exportações em novembro;
O ringgit malaio caiu para o menor nível desde agosto de 2009, a 3,5680 por dólar, enquanto a rupia da Indonésia foi negociada a 12.730, seu nível mais baixo em três semanas.
EUROPA: As bolsas europeias abriram em alta, apesar das preocupações dos investidores com o declínio dos preços do petróleo e da incerteza política das eleições na Grécia, em que o partido antiausteridade Syriza poderia sair vencedor, somando-se às recentes especulações de que a Alemanha está preparada para a saída da Grécia da zona euro. O tablóide Bild informou na terça-feira que existem planos para essa possibilidade, citando fontes governamentais não identificadas.
A chanceler alemã, Angela Merkel, está em Londres, atendendo ao convite do primeiro-ministro David Cameron, onde espera-se discutir assuntos relacionados à migração da UE no Reino Unido, informou a Reuters.
O STOXX Europe 50 sobe 0,60%, apesar dos dados manufatureiros e de serviços decepcionantes da zona do euro na terça-feira, mostrando-se mais fraco do que o inicialmente esperado.
O FTSE 100 do Reino Unido sobe, puxado por ações de varejo. A Sainsbury (LONDON:SBRY) sobe 3,54%, após a empresa registrar um declínio de 1,7% nas vendas do terceiro trimestre, mas melhor do que as expectativas de uma queda de cerca de 3%. O período incluiu o Natal. Outras varejistas também sobem. A Tesco (LONDON:TSCO) sobe 2,85%. A rede de supermercados Wm Morrison sobe 3,28% e a Marks & Spencer adiciona 3,63%.
A provedora de energia Aggreko (LONDON:AGGK) sobe 2,85%, após prever um pequeno aumento no lucro em 2014, depois que ganhou um contrato de dois anos na Argentina e estendeu outro contrato existente por mais dois anos.
A maioria das ações de energia recuam, após o Brent cair abaixo de 50 dólares o barril pela primeira vez desde 2009. A Tullow Oil (LONDON:TLW) recua 0,50%, empresa de engenharia de petróleo Weir Group (LONDON:WEIR) cai 1,13%, enquanto a Royal Dutch Shell recua 0,20%. A petroleira concordou em pagar cerca de 80 milhões dólares para compensar uma comunidade nigeriana por danos causados por dois vazamento de petróleo em 2008.
Entre as mineradoras, a BHP Billiton cai 0,15%, a Rio Tinto perde 0,34% e a Glencore (LONDON:GLEN) recua 0,63%.
AGENDA ECONÔMICA:
EUA:
11h15 - ADP Non-Farm Employment Change (número de postos de trabalho no setor privado dos EUA)
11h30 - Trade Balance (balança comercial; mede a diferença entre os valores das importações e exportações realizadas pelo país);
13h30 - Crude Oil Inventories (Relatório de Estoques de Petróleo dos Estados Unidos);
17h00 - FOMC Meeting Minutes (Ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve);
ÍNDICES MUNDIAIS (7h20):
ÁSIA
Nikkei: -3,02%
Austrália: -1,57%
Hong Kong: -0,99%
Shanghai Composite: +0,07%
EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,14%
London - FTSE: -1,06%
Paris CAC -0,44%
IBEX 35: -0,42%
FTSE MIB: +0,48%
COMMODITIES
BRENT: -2,41%
WTI: -2,46%
OURO: +0,50%
COBRE: +0,03%
NIQUEL: +1,71%
SOJA: +0,06%
ALGODÃO: -0,10%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,15%
SP500: -0,18%
NASDAQ: -0,28%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.