Fique por dentro das principais notícias do mercado desta segunda-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 29.09.2025, 04:44
© Reuters

Investing.com – Os índices futuros das bolsas norte-americanas operam em leve alta nesta segunda-feira, em meio a uma semana marcada pela expectativa em torno de dados econômicos relevantes e pelas negociações no Congresso para evitar uma possível paralisação do governo federal.

O relatório de empregos (payroll) de setembro, previsto para sexta-feira, pode oferecer sinais importantes sobre a força do mercado de trabalho e influenciar os próximos passos do Federal Reserve.

Enquanto isso, no Brasil, os investidores aguardam novos dados de inflação no IGP-M e projeções para os principais indicadores da nossa economia no boletim Focus.

1. Futuros em alta em Wall Street

Os contratos futuros em Nova York avançavam nesta manhã, com investidores monitorando tanto o relatório de empregos quanto o impasse orçamentário em Washington.

Às 06h52 de Brasília, o futuro do Dow Jones subia 161 pontos (+0,4%), o do S&P 500 ganhava 27 pontos (+0,4%) e o do Nasdaq 100 avançava 124 pontos (+0,5%).

Na última sessão, os índices encerraram no campo positivo após dados de inflação em linha com o esperado, mas ainda assim acumularam perdas semanais. O S&P 500 e o Nasdaq, concentrado em tecnologia, quebraram uma sequência de três semanas de valorização.

2. Relatório de empregos em destaque

O foco desta semana é a divulgação do relatório de empregos não agrícolas de setembro, na sexta-feira, que deve mostrar a resiliência do mercado de trabalho.

A moderação do emprego tem sido uma prioridade para o Fed. No início do mês, o banco central reduziu a taxa de referência em 25 pontos-base, ressaltando que a desaceleração do mercado de trabalho pesava mais nas decisões do que a inflação ainda elevada.

As projeções do Fed indicam que parte dos dirigentes espera novos cortes até o fim de 2025. Em teoria, taxas mais baixas favorecem contratações e investimentos, mas também podem reacender pressões inflacionárias.

O consenso aponta para a criação de 51 mil vagas em setembro, contra 22 mil em agosto, com a taxa de desemprego estável em 4,3%.

Segundo analistas, um resultado forte poderia levar o Fed a adotar um ritmo mais cauteloso de cortes. Em nota, o ING destacou que “o mercado de trabalho mais amplo parece frágil”, acrescentando que “até os consumidores já percebem o enfraquecimento das condições de contratação”.

3. Risco de paralisação do governo dos EUA

Persistem as preocupações de que o impasse no Congresso possa atrasar a divulgação do relatório de empregos.

Parlamentares correm contra o tempo para aprovar um orçamento provisório antes do fim do ano fiscal, na terça-feira. Sem acordo, o país enfrentará seu 15º fechamento parcial desde 1981.

Embora os republicanos controlem as duas casas legislativas, a aprovação depende do apoio de parte dos democratas, que rejeitam a proposta atual por não reverter cortes em programas de saúde.

Líderes do Congresso devem se reunir nesta segunda-feira com o presidente Donald Trump na Casa Branca. Ao falar à Reuters no fim de semana, Trump afirmou acreditar que os democratas podem buscar um acordo.

4. Ouro em novo recorde

O ouro superou a marca de US$ 3.800 por onça, impulsionado pela busca por proteção diante do risco de paralisação do governo dos EUA.

As expectativas de que o Fed seguirá reduzindo os juros também sustentaram a alta. O metal costuma ter desempenho favorável em ciclos de corte de taxas e em períodos de incerteza.

No momento da redação, o ouro à vista subia 1,4%, cotado a US$ 3.810,85, enquanto o contrato futuro avançava 0,8%, para US$ 3.839,10.

No mercado de metais mais amplo, os preços também se valorizaram, favorecidos pela queda do dólar, após a divulgação de dados de inflação em linha com as estimativas na semana passada manter as apostas em novos cortes de juros até o fim do ano.

5. Dados econômicos no Brasil

O principal destaque da agenda local é a divulgação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) para o mês de setembro, pela Fundação Getulio Vargas, após o indicador, bastante usado na correção de preços de aluguéis e serviços públicos, registrar um aumento de 0,36% em agosto, acima das expectativas. Em 12 meses até agosto, o índice registra alta de 3,03%.

Também teremos hoje a divulgação de novas projeções para os principais indicadores da economia brasileira no boletim Focus, pesquisa semanal do banco central com agentes do mercado.

No último relatório, os economistas pesquisados passaram a projetar a Selic em 12,25% ao fim de 2026, abaixo da estimativa anterior de 12,38% e após 32 semanas em 12,50%. Para 2025, a expectativa seguiu em 15%, refletindo a postura cautelosa do BC diante do ambiente incerto.

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