Vamos lá dar um update sobre Brasil.
Venho falando que os 3 vetores pro ano são:
(i) queda de juros;
(ii) reforma da previdência;
(iii) manutenção de alguma estabilidade política.
Adicione ao ponto “i” a retomada da atividade econômica. Mesmo que seja no 0,5% esperado.
Adicione ao ponto “ii” outras reformas como a trabalhista e tributária.
Pronto. A meu ver é isso que vem sendo colocado nos preços dos ativos e sustenta essa alta na bolsa. Se você pensar, desde segunda quinzena de dezembro, não tivemos nenhum grande evento ou acontecimento que colocasse em cheque esses 3 pontos. Junto a isso na esfera internacional também, você não encontra nada que afete esse cenário positivo para emergentes. Pronto, esses fatores justificam a alta recente. Olha como está o MSCI Emergentes:
Acho que no curto prazo nosso mercado está “esticado”. Penso que logo logo aparece algo que chacoalhe isso e faça todo mundo lembrar que existem diversos riscos. Cenário político está longe de estar arrumado, delações e investigações ainda existem, situação fiscal ainda está bem bagunçada, economia não está crescendo e por aí vai.
Mas por ora, como diria a música: “deixa o menino jogar oiá iá”
Tivemos ontem um dado bom que foi a melhora na confiança do cosumidor (a mais importante) voltou a subir!! Bora comemorar nesse carnaval! É mais um motivo pra bebemorar. Pelo menos a galera da classe mais alta está otimista…rs
“A segunda alta consecutiva da neste ano parece estar relacionada à aceleração do ajuste orçamentário das famílias propiciado pela desaceleração da inflação e aceleração no ritmo de queda dos juros básicos da economia. A velocidade dessa melhora tem sido heterogênea entre as diferentes classes de renda: consumidores com maior poder aquisitivo são os que se mostram efetivamente mais satisfeitos com a situação financeira no momento e otimistas em relação aos próximos meses. Uma recuperação mais espalhada e sustentável continuará dependendo de notícias favoráveis sobre o mercado de trabalho, que ainda não vieram.” afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor.
Já na industria o cenário não está tão otimista assim. Dado de confiança da indústria voltou a decepcionar reforçando a tese de que nossa recuperação será lenta. Queda de 1,8 no Índice de Confiança da Indústria (ICI) devolvendo parte da alta de 4,3 pontos em dezembro.
Em contraposição a isso o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de fevereiro, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que os varejistas estão 18,6% mais confiantes na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação a janeiro deste ano, o índice subiu 1%. Pesou a melhora na avaliação das condições correntes (6,1%) e o aumento das intenções de investimentos (0,3%).
Saindo dos indicadores macro e voltando para o mercado li um relatório interessante do Bradesco, que fala dos “meninos”. As pequenas empresas (na real não tão pequenas assim, mas ok). É uma análise interessante dessa alta recente (desde dezembro), a qual foi mais visível nas conhecidas small caps. Segundo o Bradesco (SA:BBDC4), 10% pra ser mais exato na média (o quão melhor foi a performance das small caps).