OpenAI pode atingir mercado de mais de US$ 700 bilhões até 2030, diz JPMorgan
As exportações brasileiras de café seguem registrando bom desempenho neste ano. Em outubro, foram embarcadas 4,1 milhões de sacas de 60 kg de café (considerando-se grão verde, torrado e moído e solúvel), avanço de 11,5% em relação a outubro/19, segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café). Essa quantidade foi recorde para um mês de outubro e foi a segunda maior de toda a série histórica do Cecafé, iniciada em 1990. Os embarques foram impulsionados pela ampla oferta da atual temporada e pelo Real desvalorizado frente ao dólar. E essa performance das vendas externas é um sinal positivo, tendo em vista as incertezas relacionadas à demanda, devido à nova onda de casos de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos e ao consequente fechamento de cafeterias e restaurantes. Para os próximos meses, colaboradores consultados pelo Cepea acreditam que os embarques devem seguir aquecidos, fundamentados no consumo em casa – a aproximação do inverno no Hemisfério Norte pode elevar a procura pela bebida – e no possível aumento da demanda de torrefadores externos pelo robusta brasileiro, em decorrência do atraso na colheita da safra do Vietnã.
ARROZ: COM ORIZICULTOR ATENTO AO CLIMA, LIQUIDEZ É BAIXA NO RS
A comercialização de arroz em casca seguiu pontual no mercado do Rio Grande do Sul nos últimos dias, visto que produtores não estão ativos, atentos ao clima – orizicultores estão preocupados, visto que o semeio avança e que o volume recente de chuvas não foi suficiente para repor os mananciais. Quanto aos preços no spot, estiveram bastante divergentes em uma mesma região, devido aos diferentes posicionamentos de agentes. O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, com pagamento à vista, subiu 0,69% entre 10 e 17 de novembro, fechando a R$ 105,00/saca de 50 kg nessa terça-feira, 17.
ALGODÃO: MERCADO INTERNO CONTINUA LENTO, MAS EXPORTAÇÕES SÃO INTENSAS
A liquidez no mercado interno de algodão em pluma está baixa. Segundo pesquisadores do Cepea, vendedores vêm limitando a oferta, e compradores estão resistentes em pagar valores mais altos. No acumulado da parcial deste mês (até o dia 17), o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8, registra baixa de 5,6%, fechando a R$ 3,8266/lp nessa terça-feira, 17. Já as exportações de algodão em pluma estão intensas neste mês e podem atingir novo volume recorde. Somente nos primeiros nove dias úteis de novembro, o Brasil já embarcou 196,3 mil toneladas de pluma, segundo a Secex. Como comparação, de abril a julho deste ano, os embarques somaram 294,2 mil toneladas, e de agosto a outubro, 508,4 mil toneladas de pluma. Desse modo, caso o atual ritmo de vendas externas se mantenha até o final de novembro, o volume exportado deve superar o recorde atingido em janeiro deste ano, de 308,8 mil toneladas.
BATATA: PREÇOS SEGUEM EM ALTA PELA 3ª SEMANA CONSECUTIVA
As cotações da batata tipo ágata especial subiram pela terceira semana seguida, impulsionadas pelo encerramento da safra de inverno, que está próximo, e pela oferta limitada da temporada das águas, que está no início. Além disso, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, precipitações no Sudoeste Paulista (SP) e em lavouras do Sul de MG atrapalharam a colheita, limitando a oferta. Segundo atacadistas, mercadorias de qualidade inferior e superior têm chegado de todas as regiões ofertantes, o que vem gerando significativa amplitude nos valores negociados nas centrais de distribuição. Entre os dias 9 e 13 de novembro, as cotações da batata tipo ágata especial tiveram média de R$ 180,12//saca de 50 kg em São Paulo (SP), de R$ 176,12/sc no Rio de Janeiro (RJ) e de R$ 167,22/sc em Belo Horizonte (MG), respectivos aumentos de 14,75%, de 17,65% e de 18,75% frente às médias da semana anterior.