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Cenário de Indecisão no Ouro Antes dos Dados de Inflação nos EUA

Publicado 09.02.2022, 08:40

O tão aguardado Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos EUA para janeiro pode significar diferentes coisas para diferentes mercados.

Uma leitura abaixo das estimativas de 7,3% pode reduzir as expectativas de juros, derreter o rendimento dos treasuries, que estão nas máximas de 2 anos, e acalmar os piores temores de quem aposta em ações, fazendo o S&P 500 e o Dow alçarem voo. Qualquer leitura muito acima das expectativas pode se tornar mais uma dose de criptonita para ações de valor do índice Nasdaq, que já cai quase 10% no ano.

Onde o ouro se encaixa nesses dois extremos é uma grande incógnita.

Ouro diário

Gráficos: cortesia de skcharting.com

Mas, dado que o outro é um ativo usado para se proteger da inflação, pode disparar se as pressões de preço saírem do controle, com o IPC ficando em 7,5% ou mais em janeiro.

O problema dessa teoria, como mostram nos últimos meses, é que qualquer alta da inflação gera uma liquidação nos treasuries, bem como uma disparada nos rendimentos da nota de 10 anos do Tesouro americano e do dólar. A combinação dos dois geralmente é uma sentença de morte para o ouro.

Há uma semana, eu perguntei se o ouro, depois de se firmar em US$1800, conseguiria sobreviver ao relatório de empregos nos EUA.

Bem, o ouro sobreviveu ao relatório de empregos, que registrou a criação de 467.000 postos de trabalho, contra as expectativas dos economistas de apenas 125.000.

Após a grande alta do desemprego provocada pela pandemia de coronavírus em 2020, o mercado laboral nos EUA acelerou, com a taxa de desocupação caindo para 3,9% em dezembro e permanecendo a 4% no mês passado, contra a máxima recorde de 14,8% em abril de 2020. Uma taxa de desemprego de 4% ou menos é definida pelo Federal Reserve como “pleno emprego” no país.

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A economia dos EUA cresceu 5,7% no ano passado, após uma contração de 3,5% em 2020. Mas a inflação subiu ainda mais rápido, com uma taxa anual de 7% para dezembro, a maior desde 1982.

Ouro semanal

O Fed tem um duplo mandato de aumentar os níveis de emprego e manter a inflação sob controle. Portanto, uma combinação de altos índices de emprego, inflação e atividade econômica geralmente é a receita para juros maiores. E juros maiores favorecem os treasuries e o dólar, e não o ouro.

O mercado financeiro espera que o Fed eleve as taxas de juros em pelo menos cinco vezes entre as reuniões de março e novembro. O que ainda não se sabe é o tamanho dessas altas. Na semana passada, a expectativa era que o Fed desse o pontapé inicial com uma alta de 25 pontos-base em março.

Se o crescimento do IPC na quinta-feira for muito grande, fará com que o retorno dos treasuries e o dólar disparem primeiro, provocando a queda do ouro, em reação aos dois. O metal amarelo pode levar um ou dois dias para reavaliar sua posição como hedge inflacionário e, a partir de então, pode voltar a subir, em movimentos graduais.

Por quê?

Pois um IPC forte pode levar o Fed a realizar uma alta de 50 pontos-base em março. Isso seria uma verdadeira criptonita para o ouro. Mas essa possível alta de juros só ocorrerá daqui a cinco semanas, e o mais importante agora é saber como ficará o ouro até lá.

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Ouro mensal

Contrariando as diversas previsões de colapso desde o início do ano, devido à expectativa de alta de juros nos EUA, o ouro conseguiu se firmar nos patamares altistas de US$1800 durante a maior parte das últimas cinco semanas. Mesmo após a perda do nível, seu recuo foi curto, até US$1.778,80.

Uma razão para isso são as tensões geopolíticas associadas ao conflito russo-ucraniano, dizem alguns analistas.

No pregão de terça-feira na Comex de Nova York, o contrato futuro do ouro para abril fechou a US$1827,9 por onça.

O pico do dia foi tocado em US$1830,15, tecnicamente um ponto “bastante seguro”, um pouco abaixo dos níveis maiores de resistência identificados para o metal amarelo, de acordo com o analista técnico Sunil Kumar Dixit.

“A recuperação do ouro mostra que ele recobrou força e encontra-se agora acima dos níveis de 50% e 61,8% de Fibonacci a US$1817 e 1825, respectivamente, da retração de US$73 medida na faixa de US$1853-1780.

Isso se deve ao acirramento das tensões entre Rússia e Ucrânia em torno da questão da Otan”.

Os níveis de 50% e 61,8% de Fibonacci já eram considerados posições técnicas de força que poderiam alçar o metal a novas máximas (76,4% a 1836 nesse caso) e retestar o topo deste ano de US$1853, segundo o analista.

“Se o atual movimento de alta ganhar volume suficiente, o ouro deve testar US$1860, que é a próxima resistência crítica e até mesmo retestar US$1860”, complementou Dixit.

“Por outro lado, uma falha em se sustentar acima de US$1817 pode desencadear um recuo para US$1808-1797 muito rapidamente. O ouro precisa desesperadamente de um gatilho para romper US$1830-1835, sem o qual os ursos podem machucar os touros novamente”.

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Quanto às expectativas do IPC, segundo ele, uma leitura levemente mais alta em janeiro já está precificada no ouro, ou seja, um crescimento de 7,3% poderia acabar sendo favorável para o metal.

“Uma inflação muito mais alta, aliada ao acirramento dos temores com Rússia-Ucrânia, pode gerar um movimento de alta em direção a US$1853-1877, não imediatamente, mas em algum movimento no futuro.

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

 

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