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Commodities: Petróleo à Mercê de Lockdowns na China e Dados de Emprego nos EUA

Publicado 28.03.2022, 10:18
Atualizado 02.09.2020, 03:05

A intensificação das medidas restritivas na China contra a Covid, que levou ao fechamento do centro financeiro de Xangai, pode afetar a demanda de petróleo e outras commodities nesta semana, apesar de previsões positivas para o relatório de empregos nos EUA para o mês de março.

Petróleo diário

Esta semana pode ser volátil para os mercados, diante da expectativa dos investidores para os dados de inflação nos EUA, expressos nos números de renda e gastos pessoais na quinta-feira, véspera do relatório de empregos.

O J.P. Morgan (JPM), em um relatório emitido antes do fim de semana, citou a queda nos índices de mobilidade na Eurásia e Califórnia. O banco de Wall Street disse que esse era o sinal mais claro de destruição de demanda no petróleo, que se firmou acima de US$100 por barril desde que chegou perto de atingir US$140 após a invasão na Ucrânia em 24 de fevereiro.

O petróleo do tipo Brent, negociado em Londres e que serve de referência mundial, caía US$3,23, ou 2,6%, a US$114,14 por barril durante o pregão em Cingapura, nesta madrugada. O Brent subiu quase 12% na semana passada, seus maiores ganhos semanais desde a eclosão da guerra no Leste Europeu.

Já o barril de West Texas Intermediate (WTI), referência nos EUA, recuava US$3,51, ou 3,1%, para US$110,39. O WTI encerrou a semana passada com uma alta de 8,8%.

Até mesmo o ouro, utilizado como proteção contra problemas políticos e econômicos, registrava queda no pregão asiático desta segunda-feira.

Ouro diário

O contrato futuro mais ativo do ouro na Comex de Nova York registrava queda de US$10,10, 0,5%, a US$1.944,10 por onça. O contrato futuro de referência para o ouro subiu 1,3% na semana passada.

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Na China, Xangai anunciou, no domingo, que fecharia a cidade em dois estágios para realizar testes de Covid-19 por um período de nove dias, após um novo recorde diário por infecções assintomáticas, no momento em que o mundo acreditava que a pandemia estava acabando.

Xangai enfrenta uma nova disparada da Covid-19 já faz quase um mês, e sábado foi o dia de maior número de casos desde que o surto inicial perdeu força. A cidade registrou 2631 novos casos assintomáticos, o que corresponde a cerca de 60% desse tipo de infecção no país naquele dia, além de 47 novos casos com sintomas.

As autoridades de Xangai vinham resistindo a realizar um amplo bloqueio da cidade, a fim de evitar desestabilizar a economia e optou por uma abordagem mais gradual, que envolve a análise individual de cada bairro.

Sob a nova ordem, o transporte público nessas áreas, inclusive aplicativos de corridas, será suspenso durante o bloqueio, segundo o governo municipal em sua conta oficial no WeChat. As autoridades disseram ainda que veículos não aprovados não poderão acessar as estradas.  Também foi anunciado que todas as empresas e fábricas deverão suspender a produção ou o trabalho remoto durante o lockdown, exceto companhias de serviços públicos e oferta de alimentos.

O JPM disse, em seu relatório, que os altos preços do petróleo não eram a única força capaz de destruir a demanda nas commodities. A crise na Ucrânia, as sanções financeiras à Rússia e a contínua disseminação da variante ômicron na China teriam um impacto ainda mais direto sobre o consumo de combustível. O banco disse ainda que espera que a atividade na China tenha uma contração em março e abril, levando a um corte de 1,1% no crescimento do PIB do 2º tri no país.

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Com isso, o banco de Wall Street cortou em 1,1 milhão de barris por dia (mbpd) sua previsão de demanda para o 2º tri de 2022, após cortes de 0,5 mbpd no 3º e 4º trimestres. Ao todo, isso equivaleria a cortes de 420.000 bpd na média das expectativas do banco para a demanda global de petróleo em 2022, devido aos preços altos, às restrições da Covid e ao conflito geopolítico, que estão promovendo a destruição da demanda na Rússia, China, Índia e Europa.

Embora os EUA tenham ficado relativamente isolados até o momento (apesar dos preços recordes da gasolina), as revisões de demanda do JPM estão mais concentradas na Europa, que continua sendo o epicentro do choque geopolítico. Desde o início da guerra na Ucrânia, os economistas do banco rebaixaram o crescimento da região em mais de 2% e elevaram as previsões de inflação em 3%.

Consequentemente, o JPM cortou suas expectativas para a demanda petrolífera na Eurásia em 2022 em 270.000 bpd, devido às sanções impostas à Rússia. A demanda na Eurásia por combustível de aviação será 130.000 bpd menor do que a estimativa anterior, na medida em que quase metade das viagens aéreas civis na Rússia acabou sendo cancelada devido ao fechamento do espaço aéreo e da falta de peças. O JPM também revisou a demanda petrolífera da Europa em 160.000 bpd em média para 2022, em razão da sensibilidade dos preços altos e das menores expectativas de crescimento econômico na região.

Na Califórnia, os índices de viagens automotivas estão bem perto dos níveis de 2018-19 desde o fim do ano passado. Mas se desviaram da tendência de 2019 por duas ocasiões neste ano: a primeira vez foi quando os casos de ômicron se espalharam pelo estado e a segunda começou no fim de fevereiro com a disparada dos preços do petróleo.

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O governo Biden, enquanto isso, pretende realizar uma nova liberação da Reserva Petrolífera Estratégia dos EUA, que pode representar uma venda maior do que os 30 milhões de barris do início deste mês, segundo uma fonte. No total, os EUA e outros membros da Agência Internacional de Energia (AIE) já liberaram cerca de 60 milhões de barris de suas reservas.

“Esses países definitivamente têm capacidade para liberar muito mais, já que dispõem de cerca de 1,5 bilhão de barris em reservas estratégicas. Essa é justamente a ideia de uma reserva estratégica, fornecer alívio em momentos de emergência”, disse Natasha Kaneva, diretora de pesquisa de commodities do J.P. Morgan.

O relatório de empregos de sexta-feira para março pode ajudar os mercados a ter uma ideia de se o plano de ação do Federal Reserve para a alta de juros será muito agressivo ou não.

Economistas esperam que a economia americana tenha criado 475.000 empregos após os 678.000 de fevereiro. A previsão é que os ganhos médios por hora trabalhada subam 5,5% ano a ano e que a taxa de desempenho recue para 3,7%.

Indicações de que o mercado de trabalho continua vigoroso ressaltariam o argumento a favor de um ritmo mais agressivo de altas de juros, na medida em que o Fed luta para conter a disparada da inflação.

O Fed subiu os juros em 0,25% em 16 de março, mas, desde então, o presidente do banco, Jerome Powell, tem indicado que a instituição está preparada para subir os juros em meio ponto percentual, se necessário, apesar dos temores de que isso possa desencadear uma crise econômica.

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Antes do relatório de empregos, o governo americano irá divulgar os números de renda e gastos pessoais para fevereiro, na quinta-feira. O relatório contém os dados de despesa com consumo pessoal, indicador de inflação mais acompanhado pelo Fed.

Os economistas esperam que o núcleo do índice suba 5,5% ano a ano, ficando bem acima da meta de inflação de 2% do Fed.

O calendário econômico também terá atualizações sobre confiança do consumidor, abertura de postos de trabalho, contratações no setor privado, pedidos de seguro-desemprego e o PMI industrial da ISM.

Além disso, teremos pronunciamentos de diversas autoridades do Fed, como o presidente da sucursal de Nova York, John Williams; o diretor do Fed da Filadélfia, Patrick Harker; o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic; e o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin .

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

 

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