Encerrou o ciclo.
A divisão recente do mercado não era se o COPOM cortaria ou não os juros, o que era inclusive um consenso entre os que defendiam uma política monetária mais cautelosa, como nós.
A dúvida era sobre qual seria a mensagem do BC ao reduzir os juros em 25 bp ontem.
Aos que acreditam que o estímulo era realmente necessário, este corte seria prevalecido por no mínimo mais um, até a Selic alcançar os 4%, enquanto uma minoria retomava até mesmo o rompimento deste patamar.
Haviam os que advogavam pela “porta entreaberta”, como citada em diversas análises, porém o BC, com usual desde o mandato anterior, foi direto ao assunto, a “porta fechou”.
Isso vai em linha com a mensagem de cautela e de operar em território desconhecido, como o qual o Brasil está se inserindo neste momento.
Não sabemos quais os efeitos destes estímulos em série, desta taxa de juros tão baixa, quando isso se converterá em crédito sensivelmente mais acessível e o quanto isso ajudará à economia crescer.
Os parâmetros do passado não se comparam ao presente, portanto não nos permite olhar para o futuro com precisão.
Parte dos investidores já reclama da postura “Hawkish” do BC, pois creem que a economia necessita de mais e mais estímulos, porém, ao reiterar a cautela, o BC ganha tempo e espaço para avaliar não somente o contexto local, mas também os desenvolvimentos das questões internacionais, em especial relacionadas à China.
Renova-se então a atenção aos indicadores macroeconômicos, aos desenvolvimentos da questão do Coronavírus e da reação da atividade em diversas localidades, com os EUA ainda liderando tal ímpeto, como observado nos dados do trabalho de mercado.
Atencao hoje no exterior aos indicadores trimestrais de custo de mão de obra e produtividade, ao corte de postos de trabalho e localmente, aos dados da ANFAVEA.
Na Europa, a Alemanha registrou uma queda abrupta de 2,1% nos pedidos às fábricas de dezembro, com resultado anual aos -8,7%.
Atenção hoje aos balanços de Toyota, L'Oréal, Bristol-Myers Squibb, Philip Morris, Sanofi, NTT, S&P, T-Mobile. Uber, YUM!, Sogeral, Twitter, Tyson, Kellogs, Fiat Chrysler e ING.
Localmente, destacam-se Lojas Renner, Klabin, JHSF e Sanepar.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com investidores monitorando lucros; temores do vírus diminuem.
Na Ásia, dia positivo, com governo chinês reduzindo tarifas de produtos americanos, por conta do vírus.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção à platina e paládio.
O petróleo abre em alta, com otimismo pelas ações chinesas de redução de tarifas.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,19%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2412 / -0,31 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,055%
Dólar / Yen : ¥ 109,81 / -0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,085%
Dólar Fut. (1 m) : 4258,35 / 0,09 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,89 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,42 % aa (-0,55%)
DI - Janeiro 25: 6,05 % aa (-0,98%)
DI - Janeiro 27: 6,39 % aa (-1,24%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,4081% / 116.028 pontos
Dow Jones: 1,6774% / 29.291 pontos
Nasdaq: 0,4300% / 9.509 pontos
Nikkei: 2,38% / 23.874 pontos
Hang Seng: 2,64% / 27.494 pontos
ASX 200: 1,05% / 7.049 pontos
ABERTURA
DAX: 0,684% / 13570,49 pontos
CAC 40: 0,664% / 6025,12 pontos
FTSE: 0,160% / 7494,47 pontos
Ibov. Fut.: 0,46% / 116274,00 pontos
S&P Fut.: 0,420% / 3349,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,418% / 9418,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,26% / 74,94 ptos
Petróleo WTI: 1,24% / $51,32
Petróleo Brent: 0,74% / $55,40
Ouro: 0,39% / $1.564,51
Minério de Ferro: -2,16% / $79,87
Soja: 0,60% /$ 883,25
Milho: -0,33% / $379,50
Café: 0,26% / $98,00
Açúcar: -0,68% / $14,62