Bom dia, leitor das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 5,6861 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa da Getmoney corretora.
Foi um dia de busca por ativos de risco. Motivos não faltaram, vamos a eles: o IBC-Br de janeiro, considerado uma prévia do PIB, veio bem acima do esperado pelo mercado, alta de 0,9%, a expectativa era de 0,22%. Também ajudou o fato de que a China anunciou no final de semana um plano de estímulos ao consumo, com medidas para aumento de renda da população e subsídio para cuidados das crianças. E ontem saíram dados da venda no varejo chinês, mostrando alta de 4% entre os meses de janeiro e fevereiro. O avanço nas negociações para a paz entre Ucrânia e Rússia também contribuiu. Para finalizar os motivos que deram apoio a moedas emergentes, tivemos a alta do petróleo nos mercados internacionais, o que é positivo para o Brasil (exportador da commoditie).
A expectativa do mercado agora é para o aumento da Selic em 1% amanhã, após o fechamento do mercado. Também estaremos de olho na decisão de juros dos EUA amanhã, que deve ser de manutenção da taxa atual. Importante será o comunicado. Por enquanto, vemos uma possível desaceleração na economia dos EUA e queda da confiança do consumidor por lá, devido à incertezas relativas as tarifas de Trump.
A alta de juros aqui e manutenção nos EUA favorece o real. O diferencial de juros (pró-Brasil) ficará ainda maior a partir de quarta. E a pergunta que não quer calar, será que essa baixa no dólar de ontem já é o diferencial de juros precificado no câmbio? Opinem aqui nos comentários, pessoal!
No calendário econômico de hoje vamos acompanhar na zona do euro, antes do mercado abrir, a balança comercial de janeiro. Aqui no Brasil teremos o IGP-10 de março (8:00 hrs). Nos EUA a construção de novas casas de fevereiro (9:30 hrs) e a produção industrial de fevereiro (10:15 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.