ÁSIA: A maioria dos mercados asiáticos fechou em baixa nesta sexta-feira após quedas nos Estados Unidos e Europa, assim como o aumento dos rendimentos das obrigações globais.
O Nikkei do Japão caiu 0,32% e fechou em 19.929,09 pontos, enquanto o Kospi da Coreia do Sul deslizou 0,33%, para terminar em 2.379,87 pontos.
Abaixo, o S&P/ASX 200 da Austrália caiu 0,96% e fechou em 5.703,56 pontos, com perdas em todos os seus subíndices. Os stocks de mineração caíram após um relatório do governo australiano que disse esperar que o minério de ferro tenha um preço médio de US$ 62,40 por tonelada métrica neste ano, abaixo de uma previsão anterior de US$ 65,20.
Na China, as bolsas fecharam misturadas após um pregão cauteloso. O índice Hang Seng caiu 0,49%, enquanto no continente, o Shanghai Composite subiu 0,16% e o Shenzhen Composite avançou 0,18%. Dados de reservas cambiais de junho da China liberadas após o fechamento dos mercados mostraram que as reservas aumentaram pelo quinto mês consecutivo, mas permaneceram abaixo das previsões. As reservas aumentaram US$ 3 bilhões para US$ 3,057 trilhões em junho, em comparação com a previsão de US$ 3,06 trilhões.
Os movimentos nos mercados de títulos estavam no centro das atenções à medida que as taxas de obrigações soberanas subiam de um dia para o outro. Os rendimentos das obrigações se movem inversamente aos preços. O selloff nos mercados de títulos ocorreu em meio às expectativas de uma política mais "hawkish" dos bancos centrais. O rendimento de referência do Tesouro dos EUA de 10 anos subiu para uma alta de quase dois meses, em 2,38%, ante 2,33% observados anteriormente na semana.
Na sessão anterior, a taxa alemã de 10 anos atingiu o nível de 0,5% pela primeira vez desde janeiro de 2016. Segundo analistas, o selloff em títulos ocorreu depois de um fraco leilão de títulos franceses de 30 anos. Isso foi reforçado pela minuta da reunião do Banco Central Europeu ,indicando que as autoridades haviam discutido a remoção do viés de flexibilização do Banco.
No Japão, o Banco do Japão intensificou a compra de títulos de governo japonês de cinco a dez anos (JGB) sob seu programa de flexibilização quantitativa, com objetivo de manter o rendimento do JGB de 10 anos em zero. Nesta semana, as JGBs de 30 e 40 anos tocaram seus maiores rendimentos desde fevereiro de 2016, enquanto os de 10 anos atingiram uma alta de cinco meses, a 0,105%. A compra de títulos pelo BOJ enviou o iene para baixo, com o dólar sendo comprando a 113,72 ienes, ante 113,10 negociados anteriormente.
Os preços do petróleo afundaram depois de ajustar moderadamente para cima durante horário ocidental. Ações de energia na Austrália recuaram após a queda dos preços do petróleo. A australiana Santos caiu 2,64% e Oil Search fechou 1,97% menor.
Na Coreia do Sul, as ações da Samsung Electronics caíram 0,42% mesmo depois que a gigante de eletrônicos disse que o lucro do segundo trimestre deveria aumentar 72% no ano. Enquanto isso, a Korean Air Lines fechou em baixa de 2,18% após a notícia de que a polícia havia conduzido uma incursão na sede da empresa em Seul.
Enquanto isso, o índice do dólar, que mede o dólar em relação a uma cesta de moedas rivais, firmou-se para negociar em 95,880, mas manteve-se abaixo dos 96 identificado durante a maior parte da semana.
EUROPA: As bolsas europeias operam em baixa, com investidores aguardando novos dados econômicos, a reunião do G-20 em Hamburgo e o possível fim do estímulo monetário por parte dos bancos centrais. O Stoxx Europe 600 cai 0,37%, liderado por ações de petróleo e gás e serviços ao consumidor, enquanto utilidade, aumenta. O benchmark segue em curso para a segunda perda consecutiva após terminar em baixa de 0,7% na quinta-feira, após minutas de junho das reuniões do Banco Central Europeu e do Federal Reserve alimentarem temores de que a era do dinheiro fácil na política monetária está começando a acabar.
Refletindo essas preocupações, os títulos alemães subiram 2,82% na quinta-feira para uma alta de 18 meses como parte da derrocada global nos preços das obrigações. A compra de títulos maciços e outros esforços de estímulo dos principais bancos centrais após a crise financeira ajudaram a reforçar os mercados de ações em todo o mundo durante anos.
Os investidores europeus ficaram nervosos com a mudança da orientação política do BCE, mesmo com uma alta de preços em uma perspectiva bem distante, dada ao aumento da inflação subjacente, mesmo com melhora de indicadores de atividade econômica da região; um sinal claro sobre o quão importante o suporte à política monetária continua a desempenhar nos ativos de risco.
O setor bancário figura entre aqueles que perdem na sexta-feira, com a conversa do fim do dinheiro barato e empurra o euro para US$ 1,1420, não muito longe de US$ 1,1424 no final da quinta-feira em Nova York e acima de US$ 1,14 da semana passada. No grupo petrolífero, o produtor Tullow Oil (LON:TLW) cai 2,55%, a espanhola Repsol (MC:REP) cai 1,47% e a empresa de serviços petrolíferos Petrofac (LON:PFC) recua 2,89%.
No Reino Unido, o FTSE 100 opera entre pequenas altas e baixas, após perder 0,4% na quinta-feira. O índice de referência londrino segue em direção a uma alta de 0,1% na semana, a primeira semana do segundo semestre de 2017. Entre as mineradoras listadas em Londres, Anglo American (LON:AAL) cai 0,8%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 0,2%, enquanto Rio Tinto (LON:RIO) e BHP Billiton sobem 0,5% e 0,1%, respectivamente.
O presidente Donald Trump deve conhecer o presidente russo Vladimir Putin pela primeira vez em uma reunião do G-20 na Alemanha. Seu primeiro encontro acontece apenas algumas horas depois que Trump dizer que a Rússia havia interferido nas eleições de 2016 e culpou o país por um "comportamento desestabilizador".
O membro do conselho executivo do Banco Central Europeu, Benoit Coeure, disse na sexta-feira em um jornal que a recuperação finalmente chegou na zona do euro, no entanto, ele acrescentou que seria imprudente que o banco central deixasse sua guarda baixa, porque a recuperação atual é cíclica.
EUA: Os futuros de ações dos Estados Unidos lutaram para definir uma direção na sexta-feira, já que os investidores preferiram uma abordagem cautelosa após selloff nos mercados de títulos e antes da divulgação do relatório de empregos dos EUA que pode ajudar a determinar o caminho da política monetária do Federal Reserve.
O relatório de hoje sobre a situação do emprego nos EUA é crucial. O payrolls do mês passado desapontaram e neste mês, os mercados tendem a ser mais cautelosos. A previsão é mostrar que 180 mil empregos foram adicionados à economia em junho e que a taxa de desemprego permaneça em 4,3%. Uma leitura otimista no mercado de trabalho poderia reforçar argumentos para o Fed elevar as taxas no final deste ano e começar a desenrolar seu enorme balanço.
Ainda na agenda econômica, o Fed divulgará seu relatório semestral de política monetária no Congresso às 12h00 (horário de Brasilia).
AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
9h30 - Relatório de Emprego, composto por: Unemployment Rate (taxa de desemprego), Nonfarm Payrolls (pesquisa realizada em cerca de 375 mil empresas, que mostra o número de empregos gerados na economia, excetuando-se agricultura e pecuária), Average Workweek (média de horas trabalhadas por semana) e Hourly Earnings (média de remunerações por hora trabalhada);
12h00 - Fed Monetary Policy Report (relatório semestral de política monetária);
ÍNDICES FUTUROS - 9h00:
Dow: -0,26%
SP500: +0,04%
NASDAQ: +0,11%
OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.