ESG - Environmental, social and corporate governance ou, em um bom e claro português, Governança ambiental, social e corporativa é a sigla utilizada para designar as práticas de uma empresa e suas condutas nestes quesitos.
O ESG não se resume ao cuidado com o meio ambiente, abrange todas as interações da empresa com a sociedade, clientes, funcionários e acionistas minoritários, entre outros.
Pode até ser que o investimentos em ESG tenha ficado de lado diante dos últimos acontecimentos (catastróficos) no mercado em 2022.
Com a alta de juros, recessão nos EUA, inflação altíssima, guerra e quedas de mais de 20% nos índices dos mercados mais fortes do mundo dos EUA, as narrativas catastróficas dominaram a mídia especializada.
Mesmo sendo deixado um pouco mais de lado (temporariamente), acredito que é um caminho sem volta, e os investidores irão, mesmo que por necessidade, atentar-se cada vez mais as causas e pautas ditas ESG.
O retorno financeiro é o principal norteador dos investimentos, mas outros critérios, como é o caso do ESG, portanto, complementam e fortalecem as teses e na minha opinião serão cada vez mais acoplados nos critérios de escolha de investimentos.
Muitos fundos já banem investimentos em empresas que violam algumas práticas, e isso se traduz na valorização ou não destas.
Isso faz muito sentido, é natural que uma empresa que tenha as melhores práticas de tratamento de seus acionistas minoritários, para citar um exemplo, tenha um prêmio em relação às que não tem.
Uma empresa em uma democracia, em minha opinião, merece um prêmio em relação a uma que não está.
Veja o que ocorreu recentemente com o mercado Russo após a invasão à Ucrânia e as sanções.
Uma empresa com um grande contingente judicial trabalhista ou ambiental, deveria ter um desconto em sua cotação frente a outras com menores riscos nestas áreas.
Lembra do que ocorreu com as ações da Vale (BVMF:VALE3) nos casos de Mariana e Brumadinho?
Por isso tudo, em minha opinião, o ESG é um caminho sem volta a ser considerado nos investimentos.