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O euro está pronto para uma nova correção contra o dólar?
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Intervenção cambial no iene não impede a desvalorização da moeda japonesa frente ao dólar.
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Possível fim do repique no parNZD/CHF
A chegada do outono aos mercados de câmbio traz consigo um período de volatilidade elevada, influenciado principalmente pelas ações dos bancos centrais para combater a inflação.
A notável exceção entre os principais BCs do mundo é o Banco do Japão, que tem mantido inalteradas as taxas de juros negativas, levando a uma nova queda do iene, que se aproxima novamente da marca de 150 por dólar.
Outro par de moedas que merece atenção é o NZD/CHF, no qual há a possibilidade de que a fase corretiva esteja chegando ao fim, após o Banco de Reserva da Nova Zelândia optar por manter sua postura atual, sem realizar novos aumentos nas taxas de juros.
Euro registra o terceiro mês consecutivo em tendência de baixa
Enquanto isso, o par de moedas euro tem seguido uma trajetória descendente desde meados de julho, provavelmente devido à conclusão do ciclo de aumento das taxas de juros do Banco Central Europeu, enquanto o Federal Reserve permanece aberto a novos aumentos de juros, o que se reflete nas taxas dos títulos e atrai operadores em busca de rendimentos.
Loretta Mester, presidente da sucursal do Fed em Cleveland e uma defensora de políticas mais rígidas, recentemente enfatizou a alta probabilidade de outro aumento de 25 pontos-base nas taxas ainda este ano. Diante dessa divergência, o euro está sob pressão, com potencial para mais quedas.
No entanto, o lado da demanda iniciou atualmente uma correção local, cuja conclusão pode servir como catalisador para outra fase de movimento descendente.
Um desenvolvimento intrigante a ser observado seria um possível repique em direção à confluência da igualdade da correção e a zona de oferta posicionada nas proximidades de US$ 1,0570 por euro.
Na desvantagem, o cenário prevê um possível teste da próxima área de suporte, que fica logo abaixo do nível-chave de 1,04.
Iene volta a testar resistência em 150
Manter a atual política de controle de juros está se tornando cada vez mais custoso para o BOJ (Banco do Japão). Isso ficou evidente no leilão de emergência de quarta-feira, no qual um total de US$ 4,52 bilhões em títulos do Tesouro de 10 anos foram oferecidos, mas não conseguiram conter a alta das taxas, que atingiram os níveis mais altos em mais de uma década.
Com isso, o iene se desvalorizou. Apesar de uma provável intervenção e de um mergulho temporário para 147, não conseguiu suprimir o ímpeto de alta no dólar. Atualmente, o par iene entrou em uma fase de consolidação local, e a expectativa é que haja um rompimento para cima, marcando o início de um novo ataque à barreira psicológica de 150 ienes.
Considerando que uma violação sustentada da marca de 150 pode ser considerada inaceitável pelas autoridades do Banco do Japão, intervenções cambiais adicionais são altamente prováveis.
Franco-suíço: o fim da correção está próximo?
No último mês, a taxa de câmbio franco-suíços exibiu uma reversão relativamente robusta de sua tendência de baixa de longo prazo.
A desaceleração desse crescimento pode indicar o início de outra fase descendente, especialmente à luz da recente reunião do Banco Real da Nova Zelândia, que foi percebida como “dovish”, devido à decisão de manter a postura atual, sem mais aumentos nas taxas de juros.
No entanto, vale ressaltar que a dinâmica do ímpeto da demanda pode apresentar desafios, pois não se alinha com um padrão corretivo convencional.
Portanto, o mercado ainda aguarda por confirmações adicionais.
Um forte sinal de oferta ocorrerá se o nível de suporte em 0,54 for rompido, abrindo o caminho para um ataque a alvos já posicionados abaixo de 0,53.