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FED com 0,25% Decepcionou Hedge Funds que Venderam Dólares x Real no Futuro?

Publicado 19.09.2019, 10:32
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Era quase consensual o corte de 0,25% na taxa de juro americana pelo FED, assim como era absolutamente consensual o corte de 0,50% na SELIC pelo COPOM, mas os hedge funds, tanto interna quanto externamente, apostavam num FED mais agressivo cortando 0,50% e não 0,25% e ainda revelando-se neutro sobre perspectivas como ficou sinalizado ao não deixar peremptória indicação de continuidade de cortes, fato evidenciado até no resultado dos votos decisórios.

O massivo movimento de venda de dólares no mercado futuro nos últimos dias conteve a taxa cambial no Brasil, deixando-a no intervalo de R$ 4,05/4,10, quando esperávamos que se situasse um pouco acima deste patamar para que o COPOM tivesse tranquilidade para reduzir a SELIC em 0,50% sem riscos de atropelos no mercado de cupom cambial e, eventualmente, ocorrência de disfuncionalidade.

Chegamos até a entender que o movimento denotava uma melhor percepção exterior a respeito do Brasil, a ponto de alterar as perspectivas de curto prazo, sinalizando uma expectativa de fragilização do dólar frente às moedas emergentes.

Mas, as sinalizações imediatas após os fatos consumados denotam que será necessária avaliação com maior acurácia, visto que existem muitos vetores externos e internos que poderão influenciar doravante a formação da taxa cambial local, mas de imediato a depreciação do real deverá ser a tendência.

A decisão do COPOM veio em linha com as expectativas e sinalizou bem a perspectiva de novos cortes, causando alguma surpresa a aparente despreocupação do Comitê com a questão fiscal, que entendemos ainda ser um ponto perturbador e não bem solucionado no curto prazo, mas está ancorada na baixa inflação e inércia da atividade econômica, se bem que no Brasil a questão é um pouco maior do que o juro baixo, pois há problemas pontuais como a ausência do, digamos, “espírito animal” por parte do setor produtivo um tanto quanto desmotivado para investimentos face à capacidade ociosa existente, com baixa perspectiva de recuperação mais aguda do emprego, renda e consumo.

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A questão no momento é o mercado definir se vai adotar o viés de alta para o dólar num patamar mais elevado do que R$ 4,10 ou não e se vai manter o viés projetado de dólar ao preço de R$ 3,85 ao final do ano.

Acreditamos que de imediato o viés de depreciação do real frente ao dólar seja retomado para neutralizar a perspectiva de um percentual elevado de desvalorização cambial na composição do custo do cupom cambial já que o CDI já estava ajustado aos níveis da SELIC reduzida.

Se não ocorrer a depreciação ocorre a pressão advinda do cupom cambial que, acreditamos, provocaria a sua ocorrência e impactaria na taxa do mercado de câmbio à vista, com risco de disfuncionalidade, ainda que o BC continue com a sua oferta de dólares no mercado à vista, que seria fomentadora da apreciação do real não fosse combinada com oferta de swaps cambiais reversos no mercado futuro.

À margem do fato consumado em torno do juro americano e brasileiro, o que poderá ter impacto gradual no Brasil é o sentimento de que a percepção sobre as perspectivas para o país parece melhor externa do que internamente, fato que, contudo, ainda não se transformou em fluxo de recursos, mas sinalizam que há reconhecimento valorizando os avanços que vêm sendo obtidos pelo governo, internamente ainda muito neutralizados em propagação dado o acentuado ambiente de conflito ideológico, que, na maioria das vezes, tem levado o menos importante a preponderar neutralizando o mais importante.

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Instituições estrangeiras importantes têm destacado que o país está no “caminho certo”, embora em velocidade lenta, o que pode ser uma evidência de retorno gradual da atratividade num momento em que o contexto mundial está absolutamente complexo.

O Brasil vinha até então sendo criticado pela inexpressividade do crescimento do seu PIB projetado em 0,85%, mas quando se observa grandes economias em situação pré-recessão já há algum conforto no Brasil, que detém excelente CDS, risco baixíssimo, juro baixo e inflação baixa, e que precisa de investimentos para gerar retomada da atividade econômica, envolvendo a recuperação do emprego, renda e consumo, e todos sabem a força do mercado consumidor brasileiro.

Não acreditamos em grandes impactos decorrentes da redução da SELIC, já precificada pelo mercado, e que, como todos sabem, não fomenta consumo já que as taxas de juros neste segmento são totalmente díspares e sem nenhuma sinergia com o fato, mas a queda de tão somente 0,25% no juro americano neutraliza um pouco as perspectivas de fluxos para os ativos emergentes.

Enfim, o mundo vem se acomodando com mudanças intensas nas políticas monetárias da grande maioria de países com peso na economia mundial, por isso assertivamente não há tendências consolidadas, mas momentâneas e efêmeras.

Últimos comentários

Depreciação do real tem efeitos sobre dívidas de indexados ao dólar e ao consumo. De modo que a inflação tomada como balizados para respaldar a decisão do COPOM não me parece coerente para o mercado interno, mas sim para o externo. Até quando Passaremos a depender de investimentos estrangeiros? cujos objetivos ao especulativas e mexe contundentemente na volatilidade da bolsa.
Depreciação do real tem efeitos sobre dívidas de indexados ao dólar e ao consumo. De modo que a inflação tomada como balizados para respaldar a decisão do COPOM não me parece coerente para o mercado interno, mas sim para o externo. Até quando Passaremos a depender de investimentos estrangeiros? cujos objetivos ao especulativas e mexe contundentemente na volatilidade da bolsa.
A descida da taxa não vai ter efeito nenhum no imediato em contra partida a fuga de capitais do país vai arruinar a vida dos brasileiros ... o problema do Brasil é outro .. basta ver os preços das softs brasileiras perderam mais de 40% do valor por força da desvalorização do real, principal produto para exportação do país café , açucar , soja  qualquer dia os chineses tem melhor poder de compra que os brasileiros...
O Governo Federal precisa acelerar as privatizações, se fizer, "pegará" o início da tendência de subida da economia. A 45 dias atrás eu disse que a inflação poderá terminar o ano no intervalo de 3,1% a 3,3%, os economistas já chegaram a essa conclusão esse semana. Mas, já acho que a depender do IPCA de Setembro (até 0,15%) e Outubro (até 0,15%) podemos ter uma inflação no intervalo de 3% a 3,2%.. Com esse resultado, o BC reduzirá a SELIC para 4,75%, ou até 4,5%. Já o dólar no intervalo entre R$ 4,10 a R$ 4,20 no fim do ano.. Isso seria o melhor dos mundos, mesmo com a eleição americana, o Brasil estaria com todas as ferramentas para crescer 2% o PIB em 2020.
De fato está acirrada a manutenção efetiva da SELIC pelos reflexos do dolar contaminado com o cenário internacional dúbio. Essa “acomodação” internacional está minando a motivação das economias nacionais. Seria esse o efeito amargo do corte dos juro promovido pelos Banco Centrais concomitantemente? Uma espécie de efeito “deflacionário” mundial sem tecnicamente ser. Se após o fim de ano a economia mundial não demonstrar reação, acenando às economias nacionais o caminho, teremos um caos, ainda maior, em termos de expectativas com a proximidade das eleições americanas. A economia mundial segue imprevisível, porém sem grandes eventos no radar: A exceção do fim de ano, dos resultados trimestrais e das eleições americanas.
voce esquece o fato da idiossincrazia do mercado de dolar futuro, necessario para que o investidor estrangeiro possa atuar no mercado a vista e de opções. Como a tendencia desde final do ano passado é de venda dos papéis da B3, compra de dolar e fuga do Brasil, o rumo do dólar, apesar de todas as camuflagens usadas pelos algoritmos, é de SUBIDA
Eu disse que vai subir e expliquei por que!
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