Calendário Econômico: BC e Fed de novo em foco em semana de PIB e inflação nos EUA
Levantamentos do Cepea mostram que o poder de compra de avicultores paulistas avança ligeiramente na parcial de setembro. Segundo o Centro de Pesquisas, os recentes aumentos nos preços do milho e do farelo de soja (principais insumos da atividade) preocupam, mas, ao mesmo tempo, o frango vivo vem se valorizado um pouco mais, garantindo situação favorável ao produtor. Pesquisadores explicam que a alta do animal está associada ao tradicional aquecimento da demanda na primeira metade do mês. No caso do milho, de acordo com a Equipe Grãos/Cepea, ainda que novas estimativas indiquem crescimento na produção brasileira da safra 2024/25, os preços do cereal seguem registrando pequenos avanços, sustentados pela firme demanda interna e pela posição mais cautelosa de vendedores, que limitam o volume disponível no spot nacional. Quanto ao farelo de soja, a Equipe Grãos/Cepea aponta que parte dos consumidores retomou as aquisições do derivado, e os valores oscilaram dentre as regiões pesquisadas pelo Cepea.
OVOS: Produção bate novo recorde
A produção brasileira de ovos para consumo voltou a crescer no segundo trimestre deste ano, renovando em maio o recorde mensal da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Dados recentes divulgados pelo Instituto e analisados pelo Cepea apontam que, entre abril e junho, foram produzidas 1,03 bilhão de dúzias de ovos para consumo, volume 3,2% maior que o do trimestre anterior e de 7,2% superior ao de igual intervalo de 2024. Em maio, especificamente, o setor registrou recorde de produção, somando 349,5 milhões de dúzias, aumento de 7% sobre o mesmo mês do ano passado. Apesar da maior oferta de ovos, levantamento do Cepea mostra que os preços no mercado interno não recuaram de forma tão acentuada, devido ao bom desempenho das exportações, que contribuiu para enxugar a disponibilidade doméstica. Entre abril e junho, a caixa com 30 dúzias do ovo tipo extra branco, negociada em Bastos (SP), se desvalorizou 4,3% frente ao trimestre anterior. Para o produto vermelho, a queda na praça paulista foi de 6% em igual comparativo.
CITROS: Após atingir alto patamar, tahiti tem ajustes pontuais de preço
Após atingirem patamares elevados, as cotações da lima ácida tahiti vêm passando por ajustes pontuais nas últimas semanas, apontam levantamentos do Cepea. Pesquisadores explicam que esse cenário é visto como um movimento natural de correção e não indica reversão de tendência. No geral, os valores ainda são sustentados pela demanda firme tanto por parte do mercado in natura quanto da indústria de processamento. Segundo agentes consultados pelo Cepea, nos últimos dias, houve um leve aumento da oferta. Ainda assim, a exigência para o mercado permanece alta, com preferência por frutos acima de 52 milímetros. Produtores, entretanto, têm enfrentado dificuldades para atender a esse padrão. A maior disponibilidade é composta por frutas ligeiramente menores, o que resulta em certa depreciação de preços. Nesta semana (de 15 a 18 de setembro), a lima ácida tahiti foi negociada, em média, a R$ 83,13/caixa de 27,2 kg, queda de 3% frente à anterior.