Ibovespa firma alta e supera 154 mil pontos pela 1ª vez em dia cheio de balanços
Mesmo com o discurso fiscal frouxo, o Ibovespa rompe recordes e mostra que o capital não tem ideologia, tem apetite!
A Bovespa acaba de ultrapassar os 150 mil pontos, um recorde histórico. E o mais curioso é o contexto: isso acontece sob um governo de esquerda, em meio a ruídos sobre responsabilidade fiscal, gastos crescentes e tensões políticas. Ainda assim, o mercado sorri.
O investidor brasileiro parece ter feito as pazes com a realidade: Lula não assusta mais o capital. A retórica política, antes motivo de pânico, hoje soa como ruído de fundo. O que move o mercado é a expectativa de queda da Selic, a melhora no crédito e o fluxo de recursos em busca de oportunidade.
Liquidez agora, preocupação depois
A narrativa dominante nas mesas de operação é pragmática: o fiscal preocupa, mas não o suficiente para travar o rally. O investidor aprendeu a olhar o copo meio cheio e, neste momento, ele está cheio de liquidez.
O iminente corte dos juros, ainda que gradual, reacende a expectativa de uma nova onda de crescimento e impulsiona os setores mais sensíveis à taxa básica. O crédito voltará a circular, os balanços corporativos melhorarão e o otimismo se espalhará.
É o imediatismo travestido de confiança: o mercado escolheu viver o presente e empurrar o ajuste para depois.
O medo da esquerda acabou
Durante anos, o discurso era simples: governos de esquerda derrubam a bolsa. Pois bem, a história está sendo reescrita. O investidor percebeu que o governo Lula fala mais do que age e que, no fim do dia, as instituições econômicas brasileiras seguem de pé.
Os dados mostram uma convivência cada vez mais pacífica entre o Planalto e o mercado. Há até quem diga, nos bastidores, que a reeleição de Lula em 2026 já está precificada. O investidor global não enxerga um inimigo no governo. Enxerga previsibilidade, estabilidade e oportunidade.
O capital, afinal, não vota. Ele calcula!
O pragmatismo venceu a ideologia
O recorde da Bovespa é menos sobre economia e mais sobre psicologia. Isso nos mostra que o investidor moderno é movido por fluxo, não por fé política. A bolsa sobe porque há dinheiro, juros em queda (nos EUA e iminência no BR) e empresas entregando resultados, simples assim!
Enquanto isso, o discurso fiscal continua no horizonte, mas cada vez mais distante do radar. O mercado escolheu o agora e, pelo visto, Lula também faz parte desse "agora". Ou seja, só continuará a ganhar dinheiro no mercado quem não escolher lado algum! Concomitantemente, o índice sobe e com ele, a sensação de que (por ora) o pragmatismo venceu a ideologia!
Bons trades!
