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Iene toca máxima de 7 meses contra o dólar antes da reunião do Banco do Japão

Publicado 17.01.2023, 11:26
Atualizado 09.07.2023, 07:31
  • O dólar continua se enfraquecendo contra o iene, diante da expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) reduza seu aperto monetário
  • Por outro lado, a moeda japonesa ganhou vigor antes da próxima reunião do banco central do país, que pode fazer novos ajustes em sua política de controle das taxas dos títulos.
  • Os dólar se desvalorizou no mercado internacional durante a sessão pouco movimentada de segunda-feira, devido à expectativa dos operadores de que o Banco do Japão (BoJ) realize um novo ajuste em sua política de controle dos rendimentos dos títulos públicos nesta semana.

    A fraqueza da divisa americana fez com que o Índice Dólar recuasse até a mínima de sete meses, estendendo as perdas da semana passada, após novos dados mostrarem que os preços ao consumidor recuaram pela primeira vez em mais de dois anos e meio.

    A redução da inflação sinaliza que o Federal Reserve pode finalmente desacelerar o ritmo das altas de juros, principais responsáveis pelo grande salto do índice dólar em 2022. De acordo com as estimativas atuais do mercado, há 91% de chances de o Fed aumentar as taxas em apenas 25 pontos-base (pb) em sua reunião de política monetária no próximo mês, enquanto apenas 9% esperam um aumento de 50 pb.

    Após dados nos EUA, foco muda para BoJ

    O grande destaque no mercado de câmbio a ser acompanhado na semana é o iene, já que muitos operadores especulam que o BoJ pode realizar ajustes em sua política de controle de rendimento dos títulos públicos em sua reunião de 17 e 18 de janeiro.

    O mercado de títulos do governo do Japão é um dos maiores do mundo, com mais de 1.000 trilhões de ienes (US$ 7,9 trilhões) em dívidas emitidas. No entanto, tornou-se um dos mercados menos líquidos, devido à política monetária do BoJ classificada como um controle da curva de juros.

    Em um esforço para estimular o crédito, o crescimento e a inflação, o banco central japonês fixou as taxas de juros de curto prazo em -0,1% e os rendimentos de 10 anos em torno de zero desde 2016. Durante esse período, reduziu sua tolerância para o movimento das taxas de 10 anos acima ou abaixo de zero em ocasiões, sendo a mais recente no mês passado, quando expandiu sua faixa-alvo de +/- 0,25 ponto percentual para +/- 0,5 ponto percentual.

    Como as taxas dos títulos aumentam quando os preços dos papéis caem, a proteção do limite superior da banda forçou o BoJ a comprar uma quantidade substancial de títulos, o que resultou em mais de 50% do mercado.

    O dólar atingiu a mínima de 7 meses contra o iene no início da sessão de segunda-feira, antes de se recuperar ligeiramente à tarde. Ray Attrill, diretor-chefe de estratégia de câmbio do Banco Nacional da Austrália, afirmou:

    "Acho que o mundo inteiro estará focado na reunião do BoJ, na quarta-feira, e provavelmente a semana nas moedas do G10 será definida pelo que acontecerá com o iene e seus pares".

    Attrill acredita que o BoJ não tem o benefício do tempo para avaliar melhor o cenário nem para esperar até que o atual presidente da instituição, Haruhiko Kuroda, conclua seu mandato para alterar sua política monetária. Kuroda deve deixar o cargo em abril.

    Os investidores pedem que o BoJ abandone sua política monetária ultrafrouxa, que fez com que as taxas dos títulos de 10 anos do governo japonês rompessem o novo teto do banco central na semana passada.

    A política monetária ultrafrouxa do Japão está respaldando as taxas globais e provocou a desvalorização do iene. Se o BoJ abandonar essa política, geraria uma pressão altista sobre os rendimentos dos mercados desenvolvidos e fortaleceria o iene.

    Ventos favoráveis no iene e obstáculos no dólar

    O valor do dólar foi afetado pela queda das taxas dos títulos dos EUA, na medida em que os investidores esperam que o Federal Reserve reduza o aumento dos juros, graças à queda da inflação.

    Essa queda na inflação também aumenta as chances de um “pouso suave” na economia dos EUA, de acordo com Alan Ruskin, direto-chefe global de estratégia de câmbio da Deutsche Securities. O especialista acredita que a recente redução das restrições na cadeia de suprimentos estava exercendo um efeito deflacionário sobre a economia mundial.

    Ruskin afirmou o seguinte, em entrevista à Reuters:

    "A própria inflação mais baixa incentiva um pouso suave por meio de ganhos salariais reais, permitindo que o Fed faça uma pausa mais imediata em sua política, promovendo o mercado de títulos, com repercussões favoráveis nas condições financeiras."

    Um pouso suave também mitiga o risco de cauda das taxas mais altas nos EUA, o que, em última análise, “ajuda o apetite global para o risco”, acrescentou.

    Os estrategistas de câmbio do Morgan Stanley) revisaram o alvo para o fim do ano para o dólar, esperando que o índice feche a 98 pontos, contra 104 anteriores.

    “O crescimento global está mostrando sinais de força ascensional, diante da menor incerteza macro e inflacionária e da rápida queda na vantagem de carry do dólar".

    Lord acredita que o euro tem mais potencial para superar o desempenho do dólar e espera que a libra esterlina e o iene registrem retornos negativos no ano.

    ***

    Shane Neagle é responsável pelo The Tokenist. Confira a newsletter gratuita do The Tokenist, Five Minute Finance, para ter uma análise semanal das maiores tendências em finanças e tecnologia.

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