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Montagem do portfólio exige escolha fiscal eficiente

Publicado 18.11.2022, 10:25
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Ao selecionar os ativos que vão em carteira, os investidores costumam focar na rentabilidade ofertada. Caso seja interessante, o segundo passo é observar o risco a ser incorrido e, por último, o prazo de resgate. Os três fatores são importantes, mas além desta ordem de critério de escolha não ser a mais eficiente, é preciso alertar também que a questão fiscal deve impactar e muito a decisão a ser tomada.

Primeiro, devemos observar que a escolha pela rentabilidade acima do risco é algo que pode levar a pessoa física a perder mais do que ganhar. Os tópicos risco e retorno estão intrinsicamente ligados e são diretamente proporcionais. Quanto mais elevado o primeiro, maior é o segundo e a proporção, não necessariamente, é a mesma. Isso quer dizer que a possibilidade de receber um ou dois pontos percentuais a mais em um ano, pode levar o investidor a até duplicar o seu risco. Neste caso, aumenta e muito a probabilidade de o retorno esperado não ser atingido.

Mais do que observar simplesmente a rentabilidade, a escolha de investimentos complexos requer uma avaliação aprofundada e um certo grau de conhecimento do investidor. Existem fundos ofertados no mercado, por exemplo, com características que potencialmente os tornam não adequados ao público em geral, como a concessão de crédito a empresas de menor porte que exibem riscos de inadimplência considerável ou ativos ilíquidos.

Além disso, o investidor deve se atentar à questão tributária. Afinal, o que vale mesmo é o quanto de retorno efetivamente entra no bolso. O Imposto de Renda (IR)  é sempre cobrado em cima da variação nominal do ativo. A incidência de IR varia de 22,5% para aplicações de até 180 dias ao mínimo de 15% para acima de 720 dias e o percentual cobrado faz diferença quando levamos em consideração a rentabilidade real líquida. O benefício se torna ainda mais relevante no cenário em que vivemos hoje, com uma taxa de juros relativamente alta. Este é mais um ponto a ser levado em consideração.

Por exemplo, ao fazer uma aplicação em uma NTN-B (título do tesouro direto atrelado à variação do IPCA mais um percentual de ganho), o investidor pode pensar que está protegido da Inflação. Entretanto, é preciso observar que ele é tributado não só em cima dos juros obtidos, mas também em cima da inflação. Na prática, quando a inflação sobe, o valor a ser pago em IR também aumenta. A rentabilidade real, portanto, pode ser bem baixa.

A busca deve ser por uma alocação fiscal eficiente. Existem modalidades de investimentos que são isentas do pagamento de Imposto de Renda (IR) como os Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) e os FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários). Quando se usa esta estratégia de trabalhar com papéis isentos de IR, o resultado é uma proteção maior em cenários de estresse.

Avaliado o critério risco versus retorno real da aplicação, o investidor deve se atentar ao prazo de resgate. Investimentos mais arriscados e com maior rentabilidade quase sempre são mais ilíquidos. Portanto, caso opte por realizar a aplicação, o investidor deve alocar um valor que não vá precisar utilizar por um longo período.

Esses são os principais pontos que devem ser observados na montagem de uma carteira. A diversificação deve ser uma realidade no portfólio do investidor. Mas antes de qualquer decisão final, é preciso primeiro avaliar qual o objetivo de cada parte da carteira que deve ser composta por ativos de diferentes prazos de resgate, diferentes tipos de ativos de preferência descorrelacionados, sempre de olho na relação risco versus retorno e eficiência fiscal.

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