Veja quais criptomoedas acompanhar em "Uptober"
Após revisar os movimentos dos futuros de ouro em gráfico diário, observo que o contrato testou uma nova máxima em US$ 3.698,55 na terça-feira, em meio à crise política na França — onde o primeiro-ministro François Bayrou renunciou após perder um voto de confiança na Assembleia Nacional —, à renúncia do premiê japonês Shigeru Ishiba e à expectativa de novas sanções dos EUA contra a Rússia, após um ataque fatal realizado por Moscou contra a Ucrânia no fim de semana.
Sem dúvida, todos esses eventos no cenário internacional colocaram novamente os futuros de ouro em zona de venda, com pressão baixista evidente o bastante para atrair grandes players a abrir novas posições vendidas, enquanto cresce o ceticismo em relação ao impacto da decisão da Suprema Corte sobre o recurso de Trump, fator que tende a ofuscar movimentos altistas.
Diversos dirigentes do Federal Reserve sinalizaram nas últimas semanas que o banco central pode estar aberto a cortes de juros diante de sinais de arrefecimento do mercado de trabalho, embora também tenham destacado cautela em relação à inflação persistente — especialmente diante do impacto das tarifas comerciais do presidente Donald Trump sobre os preços. Além disso, os dados de inflação dos EUA de agosto serão divulgados nesta semana, e o mercado acompanha a possibilidade de mais pressão inflacionária, já que a maior parte das tarifas impostas entrou em vigor no mês passado.
Acredito que a atual trajetória de alta do ouro, iniciada em 2023 e intensificada após a posse do presidente Donald Trump, quando o temor crescente entre os bancos centrais globais gerou uma onda de compras, parece estar se estabilizando, à medida que o foco se volta para o veredito final da Suprema Corte. Caso a Corte mantenha a decisão de instâncias inferiores, a administração Trump seria obrigada a conceder reembolsos em larga escala, o que traria forte pressão sobre o Tesouro norte-americano.
Níveis técnicos a observar
No gráfico diário, os futuros de ouro apresentam sinais de exaustão: apesar de terem testado nova máxima na terça-feira a US$ 3.698,52, estão sendo negociados em US$ 3.683,55, região que representa resistência relevante.
Avalio que, se os futuros não sustentarem o suporte imediato em US$ 3.616, o próximo suporte, localizado na média móvel de 9 dias em US$ 3.598, poderá ser testado. Uma quebra abaixo desse patamar poderia levar o contrato a buscar o suporte seguinte em US$ 3.578.
Na direção oposta, qualquer movimento de alta que teste a resistência imediata na máxima do dia pode oferecer oportunidade para grandes vendedores abrirem novas posições curtas, com stop loss em US$ 3.781 e alvo em US$ 3.422 até 16 de setembro de 2025.
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