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Petróleo Deve Continuar em Alta, Mesmo com Correções pelo Caminho

Publicado 30.07.2021, 11:16
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Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com. Publicado originalmente em inglês em 30/07/2021

  • 19 de julho: dia horrível na trajetória do petróleo
  • O elevador parou em um andar mais alto
  • Petróleo não continuou em queda por muito tempo
  • Movimento contraintuitivo diante da política energética mais verde nos EUA
  • Petróleo está em direção a três dígitos, e a gasolina deve desafiar a marca de US$3 por galão

É difícil acreditar que, há quinze meses, o preço do petróleo futuro negociado na Nymex atingiu a mínima recorde de US$40,32 negativos por barril. Uma tempestade quase perfeita caiu sobre o mercado petrolífero no dia 20 de abril de 2020. O dissenso entre os membros da Opep evitou uma resposta inicial à pandemia global, responsável por fazer a demanda de energia se evaporar. A produção americana atingiu nova máxima recorde a 13,1 milhões de barris por dia (mbpd) em março de 2020. Com o preço caindo feito pedra, o contango, ou prêmio para entrega posterior, atingiu seu nível mais alto em anos, senão na história. Os comerciantes de petróleo brigaram para comprar o petróleo com vencimento mais próximo e armazená-lo, vendendo contratos futuros com entrega mais longa. As instalações de armazenagem ficaram tão repletas que não havia mais lugar para estocar petróleo. Com a rolagem do contrato futuro do barril de WTI no final de abril, quem tinha posições compradas não poderia armazená-lo diante da entrega prevista em Cushing, Oklahoma. Sem espaço para estocar o petróleo, os operadores que compraram o contrato nas mínimas, perto de zero, ou até mesmo em preços negativos, tiveram que zerar suas posições, fazendo o produto despencar para o nível de US$40 negativos.

Desde então, o mercado futuro vem registrando mínimas e máximas ascendentes. O pico mais recente foi em 6 de julho, quando o petróleo superou brevemente a máxima de outubro de 2018 e o nível de resistência técnica a US$76,90 por barril. O contrato futuro mais próximo atingiu US$76.98, $117.30 acima da mínima de 20 de abril de 2020. A alta do petróleo nos últimos quinze meses não foi em linha reta. Era possível que houvesse uma correção na nova máxima plurianual. O petróleo começou a enfrentar vendas depois que a Opep+ não conseguiu fechar um acordo de produção em sua reunião semestral. O compromisso de produção e notícias de casos da variante Delta da Covid-19 prepararam o terreno para o primeiro declínio significativo dos preços em meses.

19 de julho: dia horrível na trajetória do petróleo

Antes de julho, o contrato futuro do petróleo americano sofreu seu pior declínio em março de 2021, quando os preços caíram de US$67,98 para US$57,25 por barril. Depois de atingir a máxima em 8 de março, o preço tocou o fundo em 23 de março. A queda mais significativa ocorreu em 18 de março, quando o contrato de setembro caiu US$4,35 por barril.Petróleo semanal

Fonte: CQG

Após a correção de março até 6 de julho, o petróleo futuro registrou máximas mais altas quando o preço atingiu seu nível mais alto desde 2014 e reverteu. O compromisso da Opep+ de cortar a produção e o número crescente de casos de Covid-19 provados pela variante Delta fizeram as vendas voltar para o mercado futuro do petróleo. Depois de atingir a máxima de US$76,98 em 6 de julho, o preço caiu até a mínima de US$65,21 em 20 de julho. Em 19 de julho, o contrato de setembro desvalorizou-se US$4,64, desbancando o pregão de 18 de março como o mais horrível no mercado futuro em 2021.

O elevador parou em um andar mais alto

O petróleo costuma subir de escada e descer de elevador durante correções. A commodity energética vem subindo uma escada de alta íngreme desde abril de 2020, com apenas alguns recuos. Mas a lembrança do declínio que fez o preço ficar abaixo de zero continua fresca na memória dos participantes do mercado, tornando as correções mais do que assustadoras. A venda em março gerou mínimas e máximas ascendentes nas semanas seguintes. No início de junho, após o petróleo ter digerido a correção, o preço fez outra máxima mais alta.

A venda mais recente fez o barril de petróleo americano e o Brent registrar mais uma longa série de mínimas mais altas. A viagem de elevador do petróleo para baixo parou em uma andar superior. As quedas de elevador estão tendo vida curta no petróleo.

Petróleo não continuou em queda por muito tempo

Em março, bastaram apenas dois pregões para que o petróleo formasse mínima, após a queda mais significativa. Em julho, a commodity energética tocou o fundo no dia seguinte.Petróleo diário

Fonte: CQG

O gráfico mostra que as correções de março e julho fizeram as posições em aberto no petróleo sofrer uma queda. O aumento das posições em aberto, em conjunto com a queda dos preços, geralmente é uma validação técnica de uma tendência de baixa nos mercados futuros. Além disso, a ação do preço acabou sendo saudável, já que retirou do mercado as compras mais fracas.

As correções reduziram os índices de momentum e força relativa dos preços. Em ambos os casos, os indicadores subiram com o preço após as ações de venda. Como a commodity energética adota pegar um elevador para descer, a volatilidade histórica diária se expande durante as liquidações. A métrica subiu para 39,25% em março e 52,21% em julho. Se o preço do barril de petróleo repetir seu padrão de negociação e começar a subir em direção a uma nova máxima mais alta, a métrica de variação de preço provavelmente declinará nos próximos dias e semanas.

As correções podem gerar medo, mas têm sido saudáveis para o mercado de petróleo, à medida que a tendência de alta continua no setor de energia.

Movimento contraintuitivo diante da política energética mais verde dos EUA

Uma das principais razões para a alta do petróleo tem sido a drástica mudança na política energética dos EUA sob o governo Biden. Em janeiro, o presidente americano assinou um decreto executivo cancelando o oleoduto de Keystone XL, um projeto crítico de infraestrutura que transporta petróleo do Canadá para Nebraska, até o ponto de entrega em Cushing, Oklahoma.

Em maio, o governo Biden proibiu atividades de fraturamento e perfuração para exploração de combustíveis fósseis em território federal no Alasca. O direcionamento dos EUA para uma política energética mais verde ocorre no momento em que a demanda volta com mais vigor. À medida que avança a vacinação contra a Covid-19, as pessoas começam a retornar ao trabalho e a viajar, elevando o consumo de energia. O petróleo e seus produtos derivados continuam dominando os requisitos de energia, na medida em que carros, caminhões, aviões e outros meios de transporte e infraestrutura funcionam com base em hidrocarbonetos. A descarbonização é uma iniciativa que levará vários anos, senão décadas. Embora pareça contraintuitivo que os preços de energia estejam em alta no enfrentamento da mudança climática, o aumento da demanda transferiu o poder de precificação do mercado petrolífero de volta para a Opep e a Rússia. A missão do cartel no petróleo é proporcionar o preço mais alto possível para o seus membros.

Mas o petróleo não é a única commodity energética trilhando o caminho de alta. Os combustíveis fósseis atingiram picos plurianuais.Gás natural mensal

Fonte: CQG

O gráfico mensal mostra que o gás natural futuro atingiu a máxima de US$4.187 por MMBtu nesta semana, o preço mais alto desde dezembro de 2018. Entretanto, a última vez em que o preço superou o nível de US$4 em julho foi em 2014. Sete anos atrás, o gás natural estava em tendência de baixa acima de US$4. Em 2021, a tendência continua de alta.

O carvão é o combustível fóssil mais atacado por ambientalistas há anos. No entanto, a China e a Índia, países mais populosos do planeta com mais de um terço da população mundial, continuam registrando alta demanda de carvão. A questão climática fez com que a produção de carvão caísse, mas a demanda tem elevado os preços até máximas plurianuais. Carvão diário

Fonte: Barchart

O gráfico mostra que o carvão térmico com entrega em Rotterdam, Holanda, fechou a US$138,60 por tonelada em 28 de julho. O carvão não era negociado nos níveis atuais de preço desde 2008.

Os preços do combustível fóssil estão em tendência técnica de alta no fim de julho de 2021.

Petróleo está em direção a três dígitos, e a gasolina deve desafiar a marca de US$3 por galão

Fatores técnicos continuam apontando para cima, assim como os fundamentos nos mercados de óleo e gás. No petróleo, a produção diária nos EUA era de 11,2 milhões de carris até a semana de 23 de julho, ou seja, estava 14.5% abaixo da máxima recorde de março de 2020. A mudança na política energética dos EUA está limitando a produção.

Em 2021, o petróleo, a gasolina e os estoques de destilados caíram. De acordo com a agência de informações energéticas dos EUA, de 1 de janeiro de 2021 a 23 de julho, os estoques de petróleo registraram queda de 57,8 milhões de barris; os estoques de gasolina, de 2.4 milhões, e os de destilados, de 13,8 milhões de barris. Os fundamentos respaldam os preços mais altos do petróleo.

No gás natural, os estoques nos EUA estão em níveis baixos, enquanto o mercado se prepara para o pico da estação de inverno de 2021/2022.

https://d1-invdn-com.investing.com/content/bc81625fd533fbc1077a0724eaec4990.png

Fonte: EIA

Como ilustra o gráfico, o gás natural armazenado estava 16,6% abaixo do nível do ano passado e 6.2% abaixo da média de cinco anos até 16 de julho.

Antes da correção mais recente, o petróleo futuro na Nymex atingiu a máxima de US$76,98 por barril. Petróleo mensal

Fonte: CQG

Como mostram os gráficos mensais, o petróleo superou levemente a máxima de outubro de 2018 de US$76,90. O próximo alvo técnico está na máxima de junho de 2014 a US$107,73. Gasolina mensal

Fonte: CQG

O mercado futuro de gasolina atingiu a máxima de US$2,3402, superando o pico de maio de 2018 a US$2,2855. O próximo alvo de alta é US$3,1520, máxima de junho de 2014. No gás natural, o alvo técnico está na máxima de novembro de 2018 a US$4,929. Acima, está a máxima de fevereiro de 2014 de US$6,493 por MMBtu.

O petróleo pegou outro elevador de descida em 19 de julho, mas parou em um andar superior. Se a ação dos preços nos últimos quinze meses servir de guia, o mercado de commodities energéticas tradicionais pode subir mais. A tendência é sempre sua melhor amiga em qualquer mercado. Quando os fundamentos e os aspectos técnicos apontam na mesma direção, acabam gerando uma força poderosa. O risco de correções futuras aumenta com os preços, mas o caminho de menor resistência é para cima.

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