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Petróleo: pesquisa aponta custos maiores e expansão menor da produção nos EUA

Publicado 12.01.2023, 10:29
  • Recentemente, o Federal Reserve Bank de Dallas fez uma pesquisa com 152 empresas de energia do Texas, Louisiana e Novo México.
  • De acordo com o levantamento, a indústria espera registrar custos maiores de perfuração e preços levemente mais altos para o petróleo em 2023.
  • Analisaremos a seguir as quatro conclusões mais importantes dessa pesquisa.
  • O Federal Reserve Bank de Dallas divulgou recentemente sua pesquisa de energia para o 4º tri de 2022. A instituição pesquisou 152 empresas de energia localizadas no Texas, Louisiana do Norte e partes do Novo México.

    Dois terços das empresas atuam na exploração e produção de petróleo e gás, enquanto um terço são prestadoras de serviços para campos petrolíferos. Os resultados do levantamento podem ser úteis para os investidores, na medida em que fornecem uma visão em relação à mentalidade dos produtores petrolíferos nas regiões mais proeminentes do setor nos Estados Unidos.

    Analisamos abaixo algumas das principais conclusões em relação à trajetória da produção nos EUA:

    1. Custos em alta

    O custo de perfuração de óleo e gás nos Estados Unidos ainda está aumentando, embora de forma menos intensa do que no ano passado. Nesse sentido, os atrasos na cadeia de suprimentos continuam desacelerando a atividade de extração.

    Houve uma redução desses atrasos, mas eles ainda são significativamente elevados em comparação com os níveis dos anos anteriores. Isso significa que as empresas petrolíferas não estão perfurando tanto quanto poderiam do ponto de vista técnico, devido à falta de materiais e custos de exploração acima do esperado.

    2. Expansão mais lenta

    De acordo com a Administração de Informações Energéticas dos EUA, o país produziu 12,38 milhões de barris por dia (mbpd) de petróleo equivalente em outubro de 2022. Isso reflete um pequeno aumento em relação aos meses anteriores, quando vimos aumentos muito maiores na produção em abril, maio, junho e julho de 2022.

    Com base nos resultados do levantamento, tudo indica que os grandes aumentos de produção que vimos no primeiro semestre de 2022 não se repetirão. A produção no 4º tri seguiu em expansão, mas a um ritmo mais lento do que no trimestre anterior.

    Os investidores devem ter em mente que, mesmo que o órgão preveja que os EUA serão a maior fonte de crescimento de produção petrolífera fora da Opep em 2023, tal aumento deve ser mais moderado do que o previsto, com base no resultado da pesquisa.

    3. As previsões de preço refletem as condições atuais

    Quando perguntados sobre o patamar de preços do barril de Texas (WTI) no fim de 2023, os participantes citaram o valor de US$ 84 em média.

    Um pouco menos de 45% das empresas acreditam que o preço ficará entre US$ 80 e 89 por barril, ao passo que 25% deles acham que o WTI encerrará 2023 cotado a US$ 70-79 por barril.

    Vale lembrar que, no momento do levantamento, o preço do barril do WTI era de US$ 73,67.

    Os investidores devem encarar essa previsão de preços da mesma forma que com as demais projeções.

    De fato, já se demonstrou que as previsões de preços fornecidas pelos executivos das empresas petrolíferas tendem a ser impactadas pelas cotações recentes. Previsões de cotação maiores para o barril no fim do ano têm correlação com os preços mais altos registrados pelo WTI durante o período da pesquisa.

    Exemplo disso ocorreu no levantamento do 3º tri, quando o preço à vista do WTI era de US$ 85 por barril, e a maioria das empresas previu que sua cotação ficaria entre US$ 80 e 100 no fim do ano. Já no 2º tri, a pesquisa revelou que a expectativa dos executivos era que o barril do WTI atingisse US$ 119, com 30% das empresas esperando uma cotação na faixa de US$ 100-119 no fim do ano.

    4. Expectativa de alta no dispêndio de capital

    Quarenta por cento das empresas petrolíferas americanas esperam aumentar seu dispêndio de capital levemente em 2023, sendo que 25% delas pretendem fazê-lo de forma intensa. No entanto, os investidores devem ter em mente que isso não necessariamente se traduzirá em mais perfurações, devido aos custos maiores.

    De fato, 58% dos executivos das petrolíferas disseram esperar leves aumentos nos custos com insumo, enquanto 10% preveem elevações significativas nessas despesas. É provável que o aumento no dispêndio de capital deve acompanhar os aumentos de custos.

    Para os investidores que desejam compreender a mentalidade dos produtores petrolíferos na região do Permiano, recomendo a leitura dos comentários (em inglês) dos executivos na pesquisa. Tais comentários não necessariamente se aplicam a todo o setor, mas fornecem uma visão abrangente sobre questões que impactam a produção petrolífera na região mais proeminente dos EUA.

    ***

    Vou conversar com o economista responsável pela pesquisa de energia do Fed de Dallas em meu podcast Energy Week nesta semana. O episódio será publicado na terça-feira, 17 de janeiro, através do Substack.

    Aviso: A autora atualmente não possui nenhum dos ativos mencionados neste artigo.

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Últimos comentários

Prospecção, extração e refino são investimentos de longo prazo. Uma plataforma leva anos pra ficar pronta, uma refinaria muito mais. Com o mundo caminhando rapidamente para a troca da matriz energética, nenhuma empresa quer arriscar colocar dinheiro agora que só será retornado daqui há no mínimo 6 anos. Talvez só a Petrobrás caminhe nessa direção para que o PT possa roubar como fez no passado.
Com a expectativa de alta no petróleo vai ser dificil segurar a inflação. As previsões parecem mais favoraveis que ano passado, vamos aguardar os próximos episódios. Tomara que o Putin resolva fazer as pazes kkk
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