Garanta 40% de desconto
💎 WSM subiu +52.1% desde que foi selecionada por nossa estratégia de IA em dezembro. Acesse todas as açõesAssine agora

Bancos Americanos Devem Ter Prejuízos com Empréstimos e Lucro com Trading no 2T20

Publicado 13.07.2020, 10:47
Atualizado 02.09.2020, 03:05

A temporada de balanços do 2T20 começa nesta semana nos EUA, com destaque para os grandes bancos do país, que devem registrar perdas com empréstimos e fortes receitas provenientes das unidades de mercados de capitais e mesa de negociação.

Os investidores têm evitado os papéis dos bancos norte-americanos neste ano, devido a preocupações com o fato de que uma das piores recessões da história dos EUA pode abalar sua lucratividade e aumentar as perdas decorrentes de empréstimos. Os primeiros três meses de 2020 apresentaram um cenário similar, já que os juros quase zerados e uma economia em queda livre nos EUA afetaram suas receitas.

Como muitos estados do país realizaram confinamentos obrigatórios durante o período, essas tendências se intensificaram ainda mais no segundo trimestre, deteriorando a capacidade dos bancos de fazer dinheiro com suas operações rotineiras, como transações com cartões de crédito e empréstimos para formação de capital de giro.

“Nossa expectativa é que os resultados do 2T20 tenham uma queda de 69% ano a ano, já que a força contínua nos mercados de capitais e o benefício de um balanço maior foram mais do que compensados pelos acúmulos maiores de reservas e juros próximos de 0%”, escreveu Richard Ramsden, analista do Goldman Sachs, em nota.

Essa situação desalentadora, em conjunto com a demanda reprimida dos consumidores por causa da recessão, fez com que as ações bancárias nos EUA apresentassem um desempenho inferior ao do mercado mais amplo.

KBW Bank Index Weekly TTM

O índice bancário KBW NASDAQ registra queda de 35% neste ano, em comparação com um declínio de apenas 2,4% do S&P 500 mais amplo. O Wells Fargo (NYSE:WFC) é o maior perdedor deste ano entre os principais bancos, despencando 55%.

WFC Weekly TTM

A instituição financeira deve divulgar seu balanço na terça-feira, 14 de julho, antes da abertura do mercado. A previsão consensual prevê um prejuízo de US$ 0,1 por ação sobre vendas de US$ 18,37 bilhões.

Aumento de provisões para empréstimos; suspensão de elevação de dividendos

Um número importante que os investidores vão monitorar com atenção é a extensão das provisões que as instituições financeiras serão obrigadas a reservar para cobrir as perdas com empréstimos inadimplidos.

Para o setor como um todo, as provisões com perdas decorrentes de empréstimos devem atingir os níveis mais altos desde a crise financeira de 2008, de acordo com analistas da Barclays (LON:BARC). Mas qualquer sinal de que essas provisões atingiram o fundo será positivo para as ações bancárias.

O diretor geral financeiro do Wells Fargo, John Shrewsberry, afirmou no mês passado que esperava que o banco reservasse um volume maior de recursos para cobrir empréstimos inadimplidos no segundo trimestre. O JPMorgan Chase (NYSE:JPM) viu seu lucro do primeiro trimestre despencar 69%, com a companhia reservando US$ 8,29 bilhões para empréstimos inadimplidos, o maior volume em pelo menos uma década.

A expectativa é que a instituição financeira divulgue seus resultados para o 2º tri na terça-feira, antes da abertura do mercado. Os analistas esperam um lucro por ação de US$ 1,19 sobre vendas de US$ 30,4 bilhões.

Além do aumento das provisões para empréstimos, os investidores também deverão lidar com a incerteza com os pagamentos de dividendos dessas instituições no futuro.

O Fed declarou que trinta e três das maiores instituições financeiras dos EUA e do mundo estavam proibidas de elevar seus dividendos ou voltar a recomprar ações até o fim de setembro, em meio à pandemia de coronavírus responsável por fazer a economia norte-americana entrar em uma profunda recessão e elevar os riscos das instituições de crédito.

A decisão ocorreu depois da avaliação anual de solvência realizada pelo banco central americano, que testa a capacidade de sobrevivência dos bancos numa crise econômica. Através desses testes, o Fed pode forçar uma mudança nos planos de retorno de capital de uma instituição, como dividendos e recompra de ações, a fim de evitar uma situação como a que ocorreu após a Crise Financeira de 2008.

O Wells Fargo precisaria cortar seus dividendos do 2T de US$ 0,36 para US$ 0,51, e a Capital One (NYSE:COF) precisaria reduzir a zero seus proventos em relação aos atuais US$ 0,40, de acordo com uma nota do depto. de pesquisa do Morgan Stanley (NYSE:MS).

Apesar da pressão sobre os resultados gerais, as áreas de trading e concessões de crédito são duas áreas do setor bancário que ainda estão se destacando, ajudando algumas das maiores instituições financeiras a resistir à tempestade.

A receita combinada da negociação de ações e títulos dos cinco maiores bancos saltou 31% no segundo trimestre de 2020, de acordo com uma estimativa da Bloomberg. O JPMorgan espera que a receita com trading salte cerca de 50% em relação ao ano passado, ao passo que o Citigroup (NYSE:C) vê um  volume recorde com sua mesa de negociação para o período, já que os mercados apresentaram uma forte recuperação desde a queda de março.

Resumo

Em razão da profundidade da crise econômica atual e da pandemia ainda sem controle, é pouco provável que os resultados dos bancos se recuperem da sua queda rapidamente. Tendo dito isso, os bancos estão mais bem capitalizados neste momento do que durante a crise financeira de 2008.

Essa força está incentivando alguns investidores a encarar com bons olhos algumas das ações bancárias mais castigadas. Para eles, essa fraqueza significa uma oportunidade compra.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.