Os preços da soja subiram no mercado interno na semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, a valorização se deve às maiores demandas externa e doméstica – indústrias esmagadoras do Brasil estão atentas ao aumento na procura por farelo de soja. Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que a alta nos preços da oleaginosa está atrelada, também, às irregularidades climáticas. Sojicultores do Sul e Sudeste sinalizam excesso de umidade em algumas áreas, o que impede o avanço das atividades de campo. Já os agricultores do Centro-Oeste do País estão preocupados com as altas temperaturas e os baixos índices pluviométricos.
MILHO: COMPRADOR INTERNO SE RETRAI; PREÇO SE ENFRAQUECE EM PARTE DAS REGIÕES
As negociações envolvendo milho estão lentas no Brasil. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado à cautela de compradores, que evitam fechar grandes volumes do cereal. Mesmo diante da demanda externa aquecida, demandantes estão atentos à elevada safra nacional e ao reduzido volume comercializado até o momento, cenário que pode levar produtores a aumentarem a oferta nas próximas semanas. Por outro lado, alguns vendedores, sem necessidade de fazer caixa e/ou de liberar armazéns, ainda apostam em valorizações e, com isso, estão firmes nos valores pedidos. Nesse contexto, os preços estão apresentando comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.
MANDIOCA: PREÇOS CAEM PELA 10ª SEMANA CONSECUTIVA
A demanda por raiz de mandioca continua desaquecida, sobretudo por parte da indústria de fécula. Agentes dessas unidades consultados pelo Cepea indicam que o esmagamento está limitado devido aos elevados volumes em estoques. No campo, a colheita avançou pouco, até mesmo por conta na menor disponibilidade de área. Quanto aos preços da matéria-prima, continuaram pressionados. Inclusive, a média do Cepea recuou pela 10ª semana consecutiva e fechou abaixo de R$ 575,00/t (R$ 1,00 por grama de amido), o que não era verificado desde outubro de 2021.
OVOS: OFERTA SE AJUSTA À DEMANDA E SUSTENTA COTAÇÕES
A liquidez esteve baixa no mercado de ovos nos últimos dias, e as cotações da proteína permaneceram praticamente estáveis na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea, apesar do início da segunda quinzena – quando os preços geralmente se enfraquecem. Isso porque, após alguns descartes de animais, a produção está controlada e ajustada à demanda, sustentando os valores. De 13 a 19 de outubro, o preço da caixa com 30 dúzias de ovos brancos tipo extra, a retirar em Bastos (SP), teve ajuste positivo de ligeiro 0,3%, para R$ 151,74 na quinta-feira, 19. Já o produto vermelho negociado na mesma região teve leve recuo de 0,1%, a R$ 170, 42/cx na quinta.