Taxas curtas têm quedas leves e longas sobem com IBC-Br abaixo do esperado e persistência do temor fiscal
- O S&P 500 se recupera após a queda de 2,5% na semana passada, retomando o viés de alta.
- O otimismo em torno das negociações entre EUA e China e os balanços corporativos positivos sustentam o sentimento do mercado.
- O cenário técnico segue favorável à continuidade do movimento de alta, embora o risco de notícias inesperadas permaneça elevado.
Os mercados globais começaram a quinta-feira em tom mais otimista, apoiados pela expectativa de que Washington e Pequim ainda possam evitar uma nova guerra comercial. As bolsas da China, Austrália e França registraram avanços consistentes, definindo um clima construtivo para o dia. No caso do S&P 500, a combinação entre avanços diplomáticos, resultados corporativos sólidos e uma estrutura técnica resiliente ajudou a restaurar a confiança, embora poucos traders estejam dispostos a baixar a guarda neste momento.
Ventos comerciais mais favoráveis
O bom humor do mercado foi impulsionado por novos sinais de que as negociações entre EUA e China podem resultar em algo diferente de confronto. A disposição do secretário do Tesouro, Scott Bessent, em estender a trégua tarifária caso Pequim suspenda as restrições à exportação de terras raras reacendeu o otimismo.
Ao mesmo tempo, o Ministério do Comércio da China emitiu um comunicado cuidadosamente redigido afirmando que as medidas sobre terras raras “não representam um bloqueio às exportações”, indicando que o bom senso pode prevalecer antes do aguardado encontro entre Trump e Xi Jinping. O resultado foi uma movimentação moderada em direção ao risco, que levou os futuros do S&P 500 a subir cerca de 2% na semana, recuperando boa parte das perdas registradas na sexta-feira anterior.
Temporada de balanços mantém o ânimo do mercado
A recuperação também tem sido sustentada por uma sequência de resultados corporativos positivos. A Taiwan Semiconductor Manufacturing (NYSE:TSM) abriu a temporada com orientações acima do esperado, impulsionando as ações do setor de tecnologia global antes dos balanços das gigantes americanas, previstos para o final do mês. A Tesla divulga seus resultados em 22 de outubro, seguida pelas big techs, com a Nvidia, tradicionalmente a última a reportar, fechando o calendário.
Até o momento, os números têm justificado as avaliações elevadas do mercado. Dados da Bloomberg indicam que cerca de 78% das empresas do S&P 500 que divulgaram balanços até quarta-feira superaram as estimativas, um percentual que impressiona até os analistas mais céticos. A resiliência dos lucros, somada às esperanças de uma trégua comercial, tem permitido aos investidores ignorar temporariamente o risco político na França e as tensões entre EUA e China.
A tendência continua sendo sua aliada
Do ponto de vista técnico, a queda de 2,5% da semana passada chegou a abalar o sentimento de curto prazo. O S&P 500 rompeu algumas médias móveis e linhas de tendência, atraindo a atenção dos vendedores. No entanto, o repique subsequente serviu como lembrete oportuno de um princípio clássico: a tendência ainda é de alta.
Apesar da volatilidade recente, o índice continua a formar topos e fundos ascendentes, padrão típico de uma tendência de alta saudável. Uma reversão real exigiria o rompimento decisivo de níveis de suporte relevantes e a formação de um padrão claro de exaustão, o que ainda não ocorreu. Aqueles que venderam agressivamente o rali aprenderam isso da maneira mais difícil: operações vendidas que pareciam promissoras na sexta-feira já se tornaram obsoletas no meio da semana.
Ainda assim, operar contra a tendência predominante pode gerar ganhos pontuais, desde que o trader aja com agilidade. Lucros não realizados tendem a evaporar rapidamente quando o momentum volta a favor da tendência principal. Nesse tipo de cenário, disciplina e gerenciamento de risco continuam sendo as maiores virtudes.
Níveis técnicos em foco
O suporte imediato está entre 6.710 e 6.711 pontos no gráfico dos futuros do S&P 500, coincidindo com as máximas e fechamentos diários recentes. Um rompimento abaixo de 6.651 abriria espaço para 6.600, seguido pela região de 6.540, mínima da última sexta-feira, onde há grande concentração de ordens de stop. Abaixo disso, o suporte psicológico em 6.500 ganha relevância, seguido pelos números redondos de 6.400 e 6.300 pontos.
No lado superior, a resistência converge em torno de 6.760 pontos, correspondente à base de uma linha de tendência rompida e à mínima da quinta-feira anterior. Um rompimento limpo acima desse patamar colocaria novamente em foco a máxima histórica em 6.812 pontos, seguida das marcas simbólicas de 6.900 e 7.000 pontos.
No momento da redação, os futuros permanecem acima da média móvel exponencial de 21 dias, o que sugere que o caminho de menor resistência ainda é para cima. Mesmo assim, o excesso de confiança seria um erro. Como demonstrou o comportamento recente dos preços, um único comentário ou postagem pode desestabilizar dias de movimento ordenado do mercado.
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