O setor de distribuição de combustíveis enfrenta quedas significativas nos volumes de vendas em tempos de Covid-19.
Em recente sondagem, alguns revendedores relatam ter experimentado quedas entre 40 e 70 por cento nas vendas após as medidas de restrição de circulação.
O momento nas distribuidoras é de enfrentar os percalços da quarentena da maneira que podem. Estão sendo feitos ajustes contratuais com fornecedores de etanol, por exemplo, pois há acúmulo de estoques.
BR Distribuidora (BRDT3), Raízen (CSAN3) e Ipiranga (UGPA3) estão tomando medidas de flexibilidade com seus franqueados, incluindo postergações de aluguéis, royalties e outros custos e despesas. Além disso, os volumes contratados também vêm sendo reajustados durante esse período de quarentena.
Ainda assim, recente boletim semanal da ANP reportou queda nos preços de revenda ainda tímida quando comparada com o mesmo período do mês passado, quando o mais recente choque de oferta de petróleo foi deflagrado.
A Petrobras (PETR4), no acumulado do ano, já reduziu o preço da gasolina nas refinarias em 43 por cento. No caso do diesel, redução é da ordem de 30 por cento.
Mas os preços, tanto na distribuição quanto na revenda, como mostra o quadro acima, ainda cederam muito menos na ponta final. A retórica é sempre a mesma: consumo de estoques, carga tributária e margens da distribuição.
Em tempos de vacas magras, boa saúde financeira e iniciativas internas de ganho de eficiência fazem diferença. Há oportunidades no setor.