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Target: Após Afundar 32%, Vale a Pena Ter a Megavarejista Americana na Carteira?

Publicado 09.06.2022, 10:28
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • A Target é a pior megavarejista americana até agora no ano.
  • A rápida piora das projeções ressalta as dificuldades da Target em se ajustar às mudanças inesperadas na demanda, em meio à disparada da inflação.
  • Apesar dos desafios de curto prazo com os estoques, a Target continua sendo uma sólida ação pagadora de dividendos para investidores que buscam renda.
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Depois de se valorizar bastante durante a pandemia, a Target (NYSE:TGT) (SA:TGTB34), uma das maiores varejistas dos EUA, vem passando por uma repentina e profunda mudança de sorte. As ações da rede de lojas de departamento de desconto sediada em Minneapolis, Minnesota, registram queda de 32% neste ano, o pior desempenho entre as megavarejistas do país.

A ação fechou a quarta-feira a US$ 156,70, perto do seu nível mais baixo desde novembro de 2021.

TGT semanal

O ciclo de baixa começou depois que a gigante do varejo reportou resultados do 1º tri abaixo das expectativas no mês passado e alertou os investidores que cortes ainda mais significativos de margem ocorreriam nos meses seguintes. Os mercados encararam a notícia como um alerta de maiores riscos de recessão nos EUA, provocando a mais acentuada queda intradiária do papel desde 1987.

Durante a pandemia, a Target e outras varejistas beneficiaram-se do aumento das vendas de produtos de maior margem, como eletrodomésticos, televisores e móveis. Essa tendência ajudou a fazer as ações da TGT avançarem 180% desde o crash de março de 2020.

Mas, à medida que os consumidores iam mudando seus padrões de compra, devido à inflação implacável, a varejista passou a registrar vendas abaixo do esperado. Com isso, os estoques se acumularam, aumentando os custos e reduzindo ainda mais as margens.

Recentemente, a Target anunciou mais um corte em sua projeção de lucro – o segundo em três semanas –, culpando o crescimento dos estoques de produtos e “custos incomuns de transporte e combustíveis”. De acordo com a nova projeção, a Target deve realizar um lucro operacional de 2% com as vendas deste trimestre. Em 18 de maio, a companhia projetou que essa métrica ficaria em torno de 5,3%.

O Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34) rebaixou ontem as ações da Target de uma recomendação de compra para posição neutra, citando o nível elevado de estoques de produtos discricionários da varejista, o que não justifica seu elevado valuation atual. O banco também cortou seu preço-alvo da ação de US$ 235 para US$165.

A Target possui uma exposição relativamente maior a categorias discricionárias do que outros concorrentes do segmento. As mercadorias gerais compreendem mais de metade das vendas da Target em 2021, enquanto correspondem a cerca de 32% das vendas do Walmart (NYSE:WMT) (SA:WALM34)nos EUA, ressaltou o Bank of America.

Perspectiva de longo prazo

Em entrevista recente à CNBC, o CEO da Target, Brian Cornell, reiterou sua confiança na realização de margens operacionais de 8% no longo prazo, mesmo abandonando esse objetivo neste ano. Ele também afirmou que espera registrar um crescimento de receita de um dígito baixo ou intermediário em todo o ano e manter ou ganhar participação de mercado em 2022.

Além disso, a Target tem usado suas lojas mais como minicentros de distribuição para seus excelentes negócios digitais, de modo a atender melhor os pedidos online.

Esse movimento ocorre no momento em que o CEO Cornell realiza esforços para deixar suas lojas mais atraentes. Ele levou a cabo a reforma de centenas de unidades, inseriu diversas marcas de moda acessível e impulsionou suas ofertas de e-commerce.

Não há dúvidas de que a Target acabou se vendo em um ambiente operacional diferente do que viveu durante a pandemia. Mas esse desafio de curto prazo não significa que a varejista perdeu seu apelo a investidores focados em renda.

Atrativo para renda

A maior preocupação na hora de escolher uma ação pagadora de dividendos é saber se a empresa é capaz de produzir um forte fluxo de caixa tanto em momentos bons quanto ruins. Nesse quesito, a Target possui um excelente histórico.

A companhia eleva seus dividendos de forma constante todos os anos há pelo menos 50 anos, período que cobre crises como o colapso das empresas “ponto.com” no início dos anos 2000, o crash financeiro de 2008-2009 e a pandemia de Covid-19. Apesar de distribuir caixa aos investidores todo trimestre, a varejista de desconto mantém um percentual de distribuição (payout ratio) bastante conservador de cerca de 30%, nível abaixo da média da indústria.

Em junho do ano passado, a Target anunciou uma impressionante elevação de 32% em seus pagamentos, aumentando seus dividendos para US$ 0,9 por ação a cada trimestre, o que corresponde a um rendimento anual de 2,3%.

Conclusão

Apesar dos seus desafios de curto prazo, a Target continua sendo uma das melhores ações para se ter em carteira, graças ao seu sólido potencial de lucro e sua capacidade de se recuperar rapidamente. A atual fraqueza fornece um atraente ponto de entrada para investidores de longo prazo.

***

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