“Tem parada errada aí, irmão… morro tá muito tranquilo.”
– Baiano, Tropa de Elite
A frase é coloquial, mas o alerta é legítimo.
O mercado brasileiro aparenta estar em calmaria:
• Bolsa em alta,
• Dólar estável,
• Juros em níveis mais comportados.
Mas essa estabilidade não é fruto de fundamentos domésticos sólidos — e sim de um ambiente externo favorável:
• Perspectiva de queda nos juros americanos,
• Reaceleração gradual da economia chinesa,
• Fluxo de capital estrangeiro para mercados emergentes.
Internamente, o cenário é bem mais delicado:
• Pressão crescente por aumento de gastos públicos,
• Reiteradas revisões das metas fiscais,
• E um arcabouço fiscal que já dá sinais de perda de credibilidade.
O risco fiscal voltou ao radar.
E o verdadeiro problema começa quando o mercado deixa de precificar apenas expectativas…
… e passa a precificar deterioração concreta de confiança institucional.
Nesse momento:
• O real se desvaloriza,
• A curva de juros se inclina,
• E a bolsa devolve os ganhos recentes.
O investidor atento entende que o preço reflete mais do que o gráfico — ele reflete fluxo.
E o fluxo segue previsibilidade, responsabilidade e confiança.
Em resumo:
O cenário atual exige cautela.
A tranquilidade aparente pode ser temporária.
E, como diria Baiano: quando tudo parece calmo demais… tem coisa errada acontecendo