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TIET11 e LAME4 - Olha o Balanço do Balanço 3T17

Publicado 03.11.2017, 12:19
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Resultado da AES Tiete não foi bom, mas algo a meu ver que já era esperado por quem acompanha o papel. Difícil explicar em um parágrafo o que a empresa tenta explicar em umas 15 paginas do seu release de 54 paginas! Mas deixe-me tentar:

Não choveu. Simples! Com isso, os reservatórios, especialmente os do sudeste, estão em níveis muito baixos. O nível de armazenamento de energia equivalente nos reservatórios das usinas da AES Tietê Energia (SA:TIET11) encerrou o 3T17 em 38,0%, nível inferior em 17,5 p.p. ao 3T16 (55,5%).

O gráfico abaixo da ENA (Energia Natural Afluente. Tipo o quanto tem de água que pode ser aproveitado para gerar energia) mostra que tem pouca água pra gerar energia. Bem menos que a média histórica e os últimos anos (linha azul).

Energia natural afluente

No 3T17, a afluência registrada no SIN totalizou 59,5% da MLT, inferior em 27,0 p.p. em relação à afluência média do 3T16, que totalizou 86,5% da MLT. A afluência do submercado Sudeste/Centro-Oeste (“SE/CO”), que representa aproximadamente 70% do sistema em capacidade de armazenamento e região na qual as usinas da Companhia estão localizadas, apresentou uma redução de 19,4 p.p. quando comparada com a afluência do 3T16 (77,2% da MLT no 3T17 vs. 96,6% da MLT no 3T16).

Isso joga pra baixo o chamado GSF (garantia física que é a quantidade de energia que uma usina é permitida a comercializar). Esse GSF é definido pela ANEEL e não fica sob controle da empresa. Com esse rebaixamento, a empresa tem que ir a mercado e liquidar seus contratos pelo chamado PLD (preço de liquidação de diferenças) que nesses momentos de seca aumenta.

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Receitas cresceram 14,2% com a surpresa positiva da receita do complexo eólico adquirido da Renova (Alto Sertão II) e de vendas de energia no mercado livre se aproveitando de preços elevados após algumas descontratações e remanejamento de pedidos.

O problema é que essa falta de chuva e hidrologia desfavorável cobra seu preço nos custos. Empresa percebeu um aumento de 59% dos custos ante o 3T16 essencialmente pelo aumento de volume com compra de energia para suprir contratos bilaterais (853,1 GWh no 3T17 vs. 201,3 GWh no 3T16) bem como o aumento no preço médio dos contratos bilaterais (R$ 232,40/MWh no 3T17 vs. R$ 150,93/MWh no 3T16), em função da estratégia da redução da exposição da Companhia ao GSF. Aqui vale uma ressalva que essa estratégia de comercialização da companhia com contratos bilaterais até que mitigou o impacto. Ppreço médio de compra de energia nesses contratos foi menor que o do mercado Spot. Ainda assim foi Pica!

Custos da AES

Despesas tiveram um aumento pontual por conta de custos associados à aquisição de novos negócios no valor de R$ 9,8 milhões. Nada absurdo, mas que explica a alta ante o 3T16.

Ebitda. De qualquer forma ainda que visando mitigar os efeitos da menor Garantia Física através do menor volume de energia vendida no mercado livre, a empresa não escapou de reportar um Ebitda bem menor. Queda de 25,2%.

O resultado financeiro foi pior porque a empresa contraiu empréstimos para dar suporte ao seu crescimento, o que a meu ver é ok, faz parte. É também consequência da compra do Alto Sertão II. Aumentou dívida, mas alongou com resgates antecipados de debentures e também viu o custo de dívida cair por conta da queda do IPCA e CDI que respondem por 73% da dívida dela.

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Custo e prazo médio da dívida

Dívida líquida

De qualquer forma o resultado não seria outro…queda forte de lucro (-61%)

Ainda assim a empresa vai pagar R$ 0,1058 bruto por Unit entre dividendos e JCP para quem tem as ações até dia 07/11.

TIET11 é uma boa empresa. Bom management, boa execução, sabem operar o negócio elétrico. Tem know-how e track record. Mas é inegável que a questão conjuntural faz preço no curto prazo. Ninguém imagina que nível de reservatórios vão permanecer baixo e isso seguir pressionando a empresa, logo pra quem olha o looonngo prazo isso não deveria ser uma “big thing” . No entanto, pra quem gosta de dividendos (algo que ela sempre foi muito boa em pagar) fico intrigado com uma coisa quando olho o futuro: a mudança de mix da sua capacidade de geração de energia, com a maior participação de outro tipo de geração (Eólica, solar) na matriz já está resultando em maiores investimentos, nem que seja pra comprar projeto pronto, e isso aumenta o endividamento. Como seguir pagando bons dividendos com isso no radar?

Outra dúvida é ter uma percepção mesmo deles acerca dessa seca e dos impactos em seus números. Sei que eles não vão saber me dizer se vai chover ou não. Isso deixa pra bela Maju, mas ter um feeling de como mitigar isso ou o que esperam de impactos.

Vou fazer essas perguntas no conference dia 07/11 às 12hs.

Lojas Americanas

Resultado de LAME4 foi a meu ver morno. Nada demais, MAS com uma melhora na B2W (SA:BTOW3) o que é algo a ser comemorado. Depois de muito queimar caixa num Submarino que não andava é sempre bom ver alguma melhora lá. Mas em geral não foi um resultado que anime muito não.

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Receita da LAME cresceu 3,7% e 2,5% no conceito SSS. Foda de comparar com o SSS da MGLU foi de 15% nas lojas físicas! Olhando o consolidado que considera a B2W houve queda de receita.

Mas o ponto é a B2W melhorou margem bruta. E isso ajudou também a resultar numa expansão de 6% do Ebitda consolidado com margem 1,4 p.p. melhor que o 3T16.

LAME4 resultado

Nada porrada, mas consistente, vide gráfico. Empresa vem entregando um crescimento consistente de Ebitda assim como de margem. Ou seja, crescendo em tamanho e se tornando mais rentável a grosso modo.

O Financeiro também foi bom com menor endividamento da empresa reflexo da oferta pública de ações em março/17 e a queda de juros gerando menores despesas financeiras sobre os 3,6 bi de dívida líquida da empresa.

E com isso a empresa conseguiu entregar algum LL. Outro fator relevante foi a menor necessidade de capital de giro nesse trimestre. Tem q ver no conference a explicação, mas ajudou.

Tem muita coisa boa em LAME:

  • Empresa segue sua toada de crescimento com seu objetivo de inaugurar 800 lojas entre 2015 e 2019 os “85 anos em 5”. Disseram que vão inaugurar 200 lojas esse ano…entregou 82…mas prometem entregar tudo agora no 4T…ou seja tem crescimento de vendas vindo aí…ao menos em tese.
  • As lojas de conveniência também são uma boa vertente de crescimento e parecem fazer muito sentido sim.
  • O self-checkout também é outra boa iniciativa que tende a reduzir custos com mão de obra no longo prazo.
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Problema é que mercado eleva muito suas expectativas na empresa a meu ver e o ponto central é que até hoje a B2W não decolou. Com expectativas elevadas, uma Amazon vindo aí, uma MGLU voando, não me admira o mercado bater no papel.

Boa empresa, mas resultados seguem devendo.

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