A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, avaliou que o resultado do leilão de energia elétrica realizado nesta quinta-feira, 8, foi coerente com o cenário econômico atual, e que mesmo com todas as dificuldades, a fonte eólica conseguiu emplacar novos projetos.
Nos leilões para entrega de energia em 2024 (A-3) e 2025 (A-4) foram vendidos um total de 419,5 megawatts (MW) de nova capacidade eólica (33 projetos), sendo 251,7 MW (23 projetos) no A-3 e 167,8 MW (10 projetos) no A-4. A energia eólica foi responsável por 58% do total de megawatts-médio (MWmed) vendidos no A-3 e 43,6% no A-4, o que pode abastecer, em média, 933 mil residências por mês, informou a entidade.
"Embora tenha sido um valor pequeno se compararmos com leilões anteriores, precisamos considerar o cenário econômico em que estamos e avaliar que tivemos um resultado coerente e conseguimos viabilizar um bom número de projetos para o momento", disse Gannoum em nota.
Os projetos vendidos representam cerca de R$ 1,77 bilhão de investimento em contratos de 20 anos. As usinas eólicas contratadas estão localizadas nos Estados da Bahia e Rio Grande do Norte, informou a Abeeólica.
A entidade ressaltou ainda, que nos próximos leilões devem ser negociadas mais capacidades da fonte, já que apenas 31,1% da oferta foi adquirida no leilão A-3 e 34,8% no leilão A-4.
A previsão é a de que um novo leilão para compra de energia de novos projetos seja realizado em 30 de setembro, com prazo de cinco anos para entrega de energia (A-5). Para o certame estão inscritos 1.694 projetos, totalizando 93.859 megawatts. Desse total, 690 projetos são de energia eólica, ou 22.811 MW de potência instalada.