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Abiove eleva exportação de soja e farelo do Brasil com demanda chinesa e quebra argentina

Publicado 22.03.2023, 13:02
Atualizado 22.03.2023, 16:55
© Reuters. Navio com soja em Paranaguá
22/03/2003
REUTERS/Paulo Whitaker

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) -A safra e a exportação de soja, farelo e óleo do Brasil em 2023 serão maiores do que o esperado, de acordo com estimativas desta quarta-feira da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que considera fatores como uma maior demanda da China pelo grão e também espaços deixados no mercado internacional pela quebra da colheita argentina com uma seca.

A associação que representa tradings e processadoras no país estima agora a produção de soja --com colheita realizada em mais da metade da área plantada-- em recorde de 153,6 milhões de toneladas, 1 milhão a mais em relação à última estimativa, do final de janeiro.

A previsão representa um aumento de 18,2% ante a temporada passada, quando a safra foi quebrada no Sul pela seca, considerando assim uma recuperação da tendência histórica de produtividade, além da expansão da área cultivada.

A Abiove ainda elevou em 300 mil toneladas a previsão de exportação de soja do Brasil, maior produtor e exportador global, para recorde de 92,3 milhões de toneladas em 2023. Isso representaria um forte aumento na comparação com as 78,7 milhões de toneladas de 2022.

"A questão das exportações de soja tem a ver com a recuperação da safra... e a demanda, especialmente da China", disse o economista-chefe da associação, Daniel Amaral, à Reuters.

A grande safra do Brasil evitará que a China, maior importador mundial de soja, sofra impactos mais acentuados das perdas importantes na Argentina em função da estiagem, disse o presidente da Abiove, André Nassar, em entrevista recente à Reuters.

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A associação ainda manteve nesta quarta-feira a projeção de processamento de soja em um recorde de 52,5 milhões de toneladas em 2023, com aumento de 1,6 milhão de toneladas na comparação com 2022, mas elevou a expectativa de exportação de farelo e óleo de soja.

"No caso do farelo, tem a ver com maior demanda pelo produto brasileiro em função da quebra de safra da Argentina, e o óleo no caso é uma exportação importante... tem a ver com o mercado internacional de óleos e gorduras, que tem uma demanda importante para a exportação brasileira", acrescentou Amaral.

A Argentina é o maior exportador global do óleo e farelo da oleaginosa.

Dessa forma, a Abiove elevou suas projeções de exportação de farelo de soja do Brasil para 20,7 milhões de toneladas, versus 20 milhões na previsão anterior e 20,35 milhões em 2022.

A alta para os embarques de farelo de soja ocorreu apesar de uma manutenção na produção desse derivado, estimada em recorde de 40,2 milhões de toneladas, versus 39 milhões de toneladas ano passado.

A Abiove ainda aumentou as estimativas de embarques de óleo de soja para o exterior para 2,15 milhões de toneladas, ante 1,75 milhão de toneladas na projeção de janeiro.

Ainda assim, as exportações de óleo ficariam abaixo do visto no ano passado (2,6 milhões de toneladas), quando foram impulsionadas por compras da Índia, em meio a preocupações com a oferta de óleos concorrentes da Indonésia e Ucrânia, de palma e girassol, respectivamente.

Uma maior colheita e maiores exportações deverão permitir que os embarques do complexo soja (grão, farelo e óleo) fechem 2023 em novo recorde de 66,4 bilhões de dólares, ante 64,9 bilhões de dólares na projeção de janeiro.

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Isso representaria um crescimento de 5,45 bilhões de dólares na comparação com o resultado de 2022. A oleaginosa é o principal produto da pauta de vendas externas do país.

BIODIESEL

A Abiove manteve a previsão para o processamento da oleaginosa no Brasil apesar de alterações a partir de abril na mistura de biodiesel, que ficaram abaixo do projetado anteriormente pela entidade.

Na projeção anterior, do final de janeiro, os números da Abiove levavam em consideração a possibilidade de um aumento da mistura de biodiesel ao diesel de 10% para 15%, na maior parte do ano.

Mas na semana passada o governo decidiu que o aumento vai ser mais gradual, passando para 12% a partir de abril --cerca de 65% do biodiesel foi feito com óleo de soja no Brasil em 2022.

Com uma mistura menor do que a esperada anteriormente, a Abiove reduziu a previsão de consumo interno de óleo de soja para 8,95 milhões de toneladas, versus 9,15 milhões de toneladas da projeção anterior.

Ainda assim, será um crescimento importante na comparação com o consumo de 7,18 milhões de toneladas de óleo de soja de 2022, quando a mistura de biodiesel foi de 10% ao longo de todo o ano.

O consumo de óleo de soja especificamente para a produção de biodiesel no Brasil deve aumentar 23,5% em 2023 ante 2022, para 5,8 milhões de toneladas, com a mistura maior de biodiesel, segundo estimativa da consultoria StoneX, divulgada nesta semana. O restante da demanda é para óleo de cozinha.

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A Abiove ainda manteve projeção de produção de óleo de soja do Brasil em 10,7 milhões de toneladas em 2023, o que seria um aumento na comparação com os 9,9 milhões de toneladas de 2022, mesmo que a elevação da mistura tenha ficado abaixo do inicialmente esperado.

(Por Roberto Samora; edição de Letícia Fucuchima e Nayara Figueiredo)

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