BUENOS AIRES (Reuters) - Agricultores da Argentina venderam 37 milhões de toneladas de soja do ciclo 2020/21, após terem sido registradas transações em uma semana de 287,3 mil toneladas, informou o Ministério da Agricultura do país nesta quarta-feira, em relatório com dados atualizados até 29 de dezembro.
O ritmo de vendas de um dos principais cultivos da Argentina ficou um pouco aquém do da safra anterior, quando na mesma data haviam sido comercializados 37,6 milhões de toneladas da oleaginosa, segundo informações oficiais.
A safra 2020/21 da soja na Argentina encerrou em junho com uma produção de 43,1 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC), que estimou a safra do ciclo 2019/20 em 49 milhões de toneladas.
O dólar das exportações agrícolas é essencial para a economia prejudicada da Argentina, que só agora começa a crescer depois de mais de dois anos de estagnação agravada pelos efeitos da pandemia.
Em relação à soja 2021/22, cuja semeadura teve início em outubro na Argentina, já foram comercializadas 4,7 milhões de toneladas, segundo dados oficiais. A BdeC estima a colheita de soja para a nova safra em 44 milhões de toneladas.
Para o milho 2020/21, o governo informou que as vendas do cereal já foram registradas em um total de 47,1 milhões de toneladas, 4,7 milhões de toneladas a mais que na mesma data da safra anterior. O milho 20/21 teve produção final de 52,5 milhões de toneladas, segundo a BdeC.
O cereal também registrou vendas para a temporada 2021/22, de 14,1 milhões de toneladas. A semeadura do milho para a nova safra já está em andamento e a bolsa de Buenos Aires estima a produção em um recorde de 57 milhões de toneladas.
Enquanto isso, o trigo 2021/22 teve vendas de 13,4 milhões de toneladas, ante 7,7 milhões comercializados na mesma data do ciclo anterior, informou o governo. A BdeC estimou a produção de trigo 21/22 em um recorde de 21,5 milhões de toneladas. Sua colheita termina em janeiro.
(Reportagem de Agustín Geist)